Otimista, Mapfre quer Susep mais próxima de grandes riscos
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- Rodrigo Amaral, rodrigo@riscoseguro.com.br
- 29 de abril de 2019
- Sem categoria
Líder no mercado de seguros para empresas, de acordo com o ranking de Risco Seguro Brasil, a espanhola Mapfre espera que o mercado ganhe impulso com novos investimentos. Isso deve acontecer já no segundo semestre do ano.
Segundo Jonson Marques de Sousa, diretor técnico de Empresas e responsável pela área de Grandes Riscos da Mapfre Brasil, a retomada dos investimentos deve criar oportunidades em novas áreas. Como seguros de transportes, patrimoniais e RC.
Em entrevista à RSB, Souza também disse que melhorias na regulamentação do setor podem abrir novas oportunidades de negócio. Principalmente para seguradoras de grandes riscos. E também que a Susep deve se aproximar das seguras que trabalham no setor e dos compradores de seguro.
Leia abaixo a entrevista:
RSB – Quais são as expectativas da Mapfre para o mercado de seguros corporativos / grandes riscos agora que a empresa encerrou sua joint-venture com o Banco do Brasil?
Jonson Marques de Sousa – As nossas expectativas são muitos positivas para este ano. Primeiramente, após a conclusão do processo eleitoral, a estimativa é que os governos estaduais e federal retomem projetos de obras e processos de concessão de serviços públicos. Tanto em áreas estruturais, como as de transporte e aviação.
A Mapfre é líder no segmento de grandes riscos. Assim atua de forma ampla em todos os setores corporativos. Antes de mais nada, tem como principal objetivo, para os próximos anos, integralizar as soluções de seguros para cada empresa segurada. Assim oferecendo solução de cobertura para todas etapas de serviços prestados pelos nossos clientes.
Quais são as linhas que a empresa acredita que vão produzir as melhores oportunidades de crescimento neste ano?
Com a retomada da economia, principalmente dos investimentos em infraestrutura e indicação do governo quanto às privatizações, as expectativas ficam direcionadas às carteiras de transporte, patrimonial, responsabilidade civil e aeroportos.
Crescimento
Que fatores, conjunturais ou regulatórios, estão coibindo ou limitando o crescimento do mercado brasileiro de seguros para empresas?
O país está retomando suas atividades econômicas de forma progressiva. Contudo, ainda existe muita expectativa quanto a aprovação de reformas importantes. Como da previdência e tributária. Esperamos que o segundo semestre deste ano venha com mais investimentos. Consequentemente com mais oportunidades de seguros para o setor de grandes riscos.
Há fatores regulatórios que dificultam o lançamento de novos produtos no mercado corporativo?
Acreditamos que atualizações regulatórias são necessárias para que o setor de seguros avance. Assim, dentro destas novas regras, novas oportunidades de inovar surgem para as companhias.
Como a empresa avalia o desenvolvimento da gestão de riscos nas empresas brasileiras? O que pode ser feito para melhorar as práticas de gestão de riscos?
A importância do gerenciamento de risco é um tema que evoluiu muito entre os empresários nos últimos anos, mas ainda existe espaço para melhoria e desenvolvimento, principalmente entre as pequenas e médias empresas. Por isso, acreditamos que as seguradoras têm um papel fundamental de realizar um gerenciamento que vai além dos itens e áreas que serão contemplados nas apólices. Pela expertise que as companhias seguradoras possuem, é possível realizar uma visão 360 graus do cliente e apontar melhorias que podem ser feitas com o objetivo de mitigar riscos. As seguradoras podem e devem assumir este papel de consultoria aos clientes.
Futuro
Você espera mudanças ou melhorias na regulamentação do setor por parte da nova administração da Susep? Por exemplo, em termos de dar mais liberdade para as seguradoras elaborarem apólices de novos produtos?
A Susep vem se estruturando positivamente nos últimos anos e sempre há espaço para melhorias. Estamos bastante confiantes na administração do órgão regulador e principalmente no foco em estreitar o relacionamento com as seguradoras e seus clientes de grandes riscos, entendendo suas particularidades e, eventualmente, com características únicas de operação.
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