Risco secundário em alta faz soar alerta para seguradoras
- 8630 Visualizações
- Risco Seguro Brasil
- 29 de abril de 2019
- Sem categoria
Perdas seguradas de US$ 76 bilhões em 2018, chegando a US$ 219 bilhões em dois anos, na maior alta da história para o período. Ascensão dos chamados riscos secundários, aqueles pequenos, médios ou que derivam de um risco primário, representando 60% das perdas e exigindo mais atenção da subscrição das seguradoras.
Em levantamento recém divulgado, a Swiss Re considera que o sinal de alerta está tocando para seguradoras de todo o mundo quando o assunto são catástrofes naturais.
“As perdas geradas por riscos secundários estão aumentando devido à urbanização. Também devido ao aumento da concentração de ativos em áreas expostas a condições meteorológicas extremas e a mudanças climáticas”, aponta o relatório. A pesquisa destaca que tendência é de continuidade deste cenário.
Em 2018, os riscos secundário representaram 62% das perdas seguradas. Em 2017, ano do recorde histórico de perdas por danos naturais no mundo, já haviam sido mais da metade.
Risco primário
Conforme aponta a Swiss Re, exemplo de risco primário é um terremoto ou ciclone. Riscos secundários podem ser independentes (como enchentes ou deslizamentos). Ou decorrentes do risco primário (como tsunami ou incêndios derivados de terremoto).
As devastações causadas por catástrofes naturais em 2018 incluíram a série de incêndios simultâneos na Califórnia e o furacão Florence. Este último, considerado “assombroso” pelos especialistas em climatologia.
“A lacuna de proteção existente é uma oportunidade para as seguradoras fortalecerem a resiliência global”, afirma Jérôme Jean Haegeli, economista-chefe do Swiss Re Group, citado no estudo.
Lacuna de seguro
A Swiss Re mostra que as catástrofes causaram danos de US$ 165 bilhões no ano passado. Resultando em um número trágico de 13.500 pessoas mortas ou desaparecidas.
Assim. desse valor, as seguradoras bancaram US$ 85 bilhões das perdas econômicas. A média dos dez anos anteriores foi de US$ 71 bilhões.
Considerando 2017 e 2018 a lacuna de proteção contra catástrofes naturais globais atingiu US$ 280 bilhões. Contudo, mais da metade deste montante foi gerada por riscos secundários.
Segundo a empresa, as razões para falta de seguro incluem falta de consciência de risco do consumidor. Trata-se de um mau entendimento da cobertura disponível referente às catástrofes. Bem como a hesitação por parte do setor de fornecer cobertura quando a avaliação é incerta.
Dificuldade
“Avaliar os riscos secundários pode ser difícil devido às suas características únicas. Por exemplo, os riscos secundários geralmente são altamente localizados, mas com variáveis que se encontram em um estado de fluxo contínuo, devido a mudanças no uso da terra e a uma maior ocorrência de condições climáticas extremas.”
LEIA TAMBÉM
- Brasil 97
- Compliance 66
- Gestão de Risco 200
- Legislação 17
- Mercado 247
- Mundo 102
- Opinião 25
- Resseguro 105
- Riscos emergentes 10
- Seguro 198