Limite de apólice do COI para os Jogos é de US$ 2 bilhões
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- Oscar Röcker Netto, no Rio de Janeiro
- 8 de abril de 2016
- Sem categoria
Seguro de cancelamento e abandono é liderado pela Swiss Re e Munich Re; comitês locais devem organizar suas próprias coberturas, diz especialista
A apólice internacional contratada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) é liderada pela Swiss Re e Munich Re, com participação de outras seguradoras.
Ela cobre o risco de cancelamento ou abandono geral dos jogos, num limite que chega a US$ 2 bilhões, sendo que US$ 900 milhões no chamado seguro a primeiro risco.
Margo Black, presidente da Swiss Re Brasil Ressegros, explicou à Risco Seguro Brasil que se trata de uma apólice “rolante”, que segue de um evento olímpico para outro. No momento ela está cobrindo os Jogos Olímpicos do Rio e o próximo de Inverno, mas não os Paralímpicos deste ano.
Segundo ela, os comitês locais do realizador das Olimpíadas devem adquir suas próprias apólices de maneira separada. Para os jogos do Rio, elas não têm participação das colíderes da apólice do COI, afirmou Black.
As obras públicas para o evento, por exemplo, foram contratadas dentro das exigências da Lei das Licitações.
A apólice do COI para a Rio 2016 está em vigor desde 2011, quando já cobria as ações básicas para levantar o evento. O risco de terrorismo e guerra, diz Black, foram acrescentados há 18 meses.
Garantia de realização
Como se trata de um evento com uma audiência acumulada para todos os dias do evento estimada 5 bilhões de pessoas — portanto, com contratos robustos de transmissão —, a apólice internacional garante a realização dos jogos mesmo que alguma ação impeça, por exemplo, a presença de público nos locais dos eventos.
Atos isolados em alguma das competições não fazem parte da cobertura, diz Black. A não ser que gerem como efeito o cancelamento geral dos Jogos Olímpicos.
Os riscos que podem causar um desastre dessa magnitude são pela ordem: terrorismo (“Estamos em nível de alerta hipersensível”, diz ela), catástrofes naturais (“Difíceis de acontecer no Rio no período dos Jogos”), pandemia (com zika, dengue e chicungunya, num quadro que ela considera de pouca probabilidade de danos maiores) e protestos e manifestações (“Dificilmente haverá alguma que gera o cancelamento geral”).
O coronel Roberval Pereira, gerente-geral de segurança dos Jogos, lembra que no período das competições, o espaço aéreo estará fechado no Rio de Janeiro. Apenas duas aeronaves — da geradora oficial de imagens dos jogos — terão permissão para sobrevoar a região.
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