Gestão de riscos é desafio para empresas, diz executivo
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- Oscar Röcker Netto, em São Paulo
- 11 de outubro de 2016
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Para Werner Stettler, área madura permite melhores condições das apólices e ajuda a evitar sinistros
O reposicionamento da Generali no setor de grandes riscos prevê ênfase especial no gerenciamento de riscos das empresas com as quais pretende trabalhar.
Para Werner Stettler, head da plataforma Generali Global Corporate & Commercial no Brasil, a área é até mais importante do que a formatação dos produtos e apólices em si, mas ainda está em desenvolvimento no país.
Segundo ele, os seguros comercializados no mercado brasileiro não estão “assim tão atrasados” como dizem alguns críticos. “A grande jogada é o gerenciamento de riscos, é onde a empresa consegue boas condições [nas apólices].”
Para o executivo, a discussão em torno dos contratos com grandes compradores ocorre hoje em cima dos argumentos errados. “Discute-se se o prêmio tem de ser R$ 100 mil ou R$ 200 mil mais barato, ao invés de tratar de onde se deve investir no gerenciamento de riscos para que o sinistro não aconteça. Isso é muito mais importante.”
Dentro dessa filosofia de trabalho, a Generali vai buscar as empresas cujo setor de gestão de riscos esteja bem desenvolvido. “Quem não tem um certo nível de gerenciamento de risco está numa área em que temos menos interesse.”
Stettler reconhece, no entanto, que gestão de riscos ainda é um desafio para muitas empresas. “O Brasil ainda não tem o grau de sofisticação que vemos em mercados mais maduros”, avalia.
A situação decorre, segundo ele, do fato de que muitas empresas que hoje buscam novos patamares de profissionalização eram há pouco tempo companhias familiares, que muitas vezes nem chegavam a usar seguros para se proteger de riscos.
“É um processo que lentamente está se aperfeiçoando”, afirma o executivo, que vê, entretanto, um bom desenvolvimento do setor nos últimos cinco anos.
“Hoje as seguradoras exigem um certo padrão de gerenciamento de riscos das empresas; quanto melhor ele é melhor as condições que a empresa consegue [no seguro]. Mas muitas ainda têm dificuldades de conseguir cobertura porque o gerenciamento de riscos não é adequado.”
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