FCPA: quando a arte imita a vida é sinal que a coisa está pegando
- 1083 Visualizações
- Oscar Röcker Netto
- 4 de dezembro de 2015
- Sem categoria
Al Pacino paga propina e enfrenta lei anticorrupção em peça na Broadway. Para jornalista, tema que vai parar no cinema, teatro e tevê virou onipresente
Quando a arte começa a imitar a vida, isso significa que certamente o tema retratado ganhou status de onipresença.
A afirmação, em tradução livre, consta de artigo publicado nesta quinta-feira (3/12) por Thomas Fox, colunista de compliance do site da FCPA, a temida Foreign Corrupt Practices Act (ou Lei de Práticas Corruptas no Exterior), que permite ao governo americano investigar em qualquer lugar quem tenha cometido ilícitos de alguma forma ligados ao país.
Está sendo um pesadelo especialmente para a Fifa. Foi com base na FCPA que nesta quinta o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, o ex Ricardo Teixeira, e levou para a cadeia os presidentes da Conmebol e da Concacaf, por práticas ilícitas.
Antes disso, outro ex da CBF, José Maria Marín, já tinha sido preso — juntamente com outros dirigentes da Fifa — e hoje cumpre pena em Nova York.
Com FCPA em punho, os norte-americanos não brincam em serviço. Mas o que espantou Fox foi o teatro. Ele conta que recentemente foi assistir na Broadway à peça China Doll, de David Mamet, com Al Pacino no papel principal.
O jornalista se deliciou com as tiradas ora à Michael Corleone (de “O Poderoso Chefão”), ora à Tony Montanze (de “Scarface”). Se disse totalmente surpreso, no entanto, quando reparou que a trama gira em torno da FCPA.
Tendo pagado suborno em seus negócios, o personagem de Pacino se vê às voltas com a lei. “Imagine o meu choque”, escreveu Fox.
Depois de a FCPA ser citada no filme “Syriana” (drama com George Clooney) e passar por “House of Cards” (a premiada séria da Netflix com um corrupto de primeira linha interpretado por Kevin Spacey), chegou à Broadway…
Para o colunista, é mostra de que a coisa pegou mesmo. O pessoal da Fifa e da CBF talvez concorde.
Clique aqui e veja o artigo na íntegra.
- Brasil 97
- Compliance 66
- Gestão de Risco 200
- Legislação 17
- Mercado 247
- Mundo 102
- Opinião 25
- Resseguro 105
- Riscos emergentes 10
- Seguro 198