Comitê da Amcham-RJ quer estreitar relação com comprador de seguros
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- Oscar Röcker Netto
- 4 de novembro de 2015
- Sem categoria
Novo presidente, Acacio Queiroz defende comitê "operacional e produtivo" e diz que diálogo entre os principais agentes do mercado é importante para melhorar produtos: "É conversa de mão dupla"
O Comitê de Seguros, Resseguros e Previdência da Amcham do Rio de Janeiro pretende ajudar a melhorar a relação entre compradores de seguros e seguradores. Para isso, incluiu no grupo representantes dos gestores de riscos e seguros corporativos.
No cargo de presidente do comitê na Câmara de Comércio Americana desde meados deste ano, Acacio Queiroz diz que introduziu no órgão representantes relevantes de todos os setores do mercado.
A ideia é que seguradores, resseguradores, corretores, diretores de entidades setoriais e compradores de seguros tenham uma ação “extremamente operacional e produtiva” no âmbito do comitê.
“Os participantes do comitê são os agentes que definem o mercado de seguros do Brasil”, diz ele. “E os compradores são fundamentais.” Marcia Santos Ribeiro, especialista em seguros da Light e coordenadora do comitê do setor elétrico da Associação Brasileira de Gerência de Risco (ABGR), e Valeria Conrado Leite, gerente de seguros da AES Brasil, representam o setor.
Segundo ele, as reuniões do comitê, que são bimestrais, estão incluindo ainda participações pontuais de grandes empresas consumidoras de seguros.
Queiroz, que também é presidente do Conselho de Administração da Chubb do Brasil, acredita que é importante estreitar cada vez mais a relação com os clientes de grandes riscos, num processo que, reforça ele, precisa ser de mão dupla.
“Não adianta ficar discutindo se não ouvirmos o outro lado e soubermos o que eles precisam e as lacunas que existem”, afirmou em entrevista à Risco Seguro Brasil. “[Do ponto de vista das seguradoras] Também é importante falar sobre o que pode melhorar do lado dos compradores.”
De acordo com o presidente do comitê, o objetivo é sempre melhorar os produtos ofertados, analisando os dois lados envolvidos. “Às vezes tem coisa que não é possível fazer”, diz ele, sobre eventuais solicitações de coberturas não atendidas pelas seguradoras. “Nenhuma seguradora vai comprar prejuízo.”
Uma ponderação frequente entre gestores de risco diz respeito à inadequação de muitos produtos de prateleira às especificidades de seu negócio. Ocorre, portanto, afirmam, um descasamento entre as coberturas oferecidas e as necessidades específicas das empresas, o que gera dificuldades extras aos responsáveis pelos riscos.
Queiroz destaca que muitas vezes o trabalho da gestão de risco feito entre segurado e seguradora demora meses para ficar bem azeitado — processo em que, por exemplo, riscos são mapeados e mitigados e franquias são mais bem dimensionadas. “Depois de uma planta ser bem arrumada, a apólice fica boa para ambas as partes”, afirma, criticando eventuais casos em que após ser feito os ajustes de gestão de risco a empresa troca de seguradora.
Prioridades
Além do trabalho com de integração dos setores do mercado, uma pauta prioritária para o Comitê de Seguros da Amcham, segundo Acacio Queiroz, é apoiar a criação do Polo Internacional de Resseguro do Rio de Janeiro.
O projeto vem sendo acalentado há anos pelo setor, cujos defensores veem nele a possibilidade de fazer do Rio um referencial da área, fomentando novos negócios, gerando mais integração e representatividade internacional para o país.
A capital fluminense é sede da principal resseguradora brasileira, o IRB Brasil Re, responsável por quase metade deste mercado no país. Também têm sede ali a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e cerca de 20 outras resseguradoras.
Representantes
Entre os participantes do Comitê de Seguros estão presidentes e CEOs de empresas, como Carlos Ferreira (Austral), Carlos Protásio (JLT), Rafael da Motta (Grupo Case e Amcham-RJ), Marcelo de Almeida (AON), Helio Novaes (MDS), Francisco de Souza (Comprev), e diretores de instituições representativas do setor, como Paulo Pereira (Fenaber), Solange Mendes (CNSeg) e Neival Freitas (FenSeg).
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