BNDES volta a aceitar 'completion bonds' como garantia, diz JLT
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- Rodrigo Amaral, em São Paulo
- 3 de novembro de 2015
- Sem categoria
Produto que faz parte da carteira de seguro garantia pode ser utilizado em pedidos de empréstimos para financiar obras de empresas
O BNDES voltou a aceitar completion bonds como garantia de concessão de créditos a empresas, em uma desenvolvimento importante para companhias que estão investindo em obras, segundo uma das maiores corretoras do Brasil.
Completion bonds são garantias cedidas pelo contratante do empréstimo ao BNDES com o fim de assegurar que uma obra ou projeto será completado.
É um instrumento que faz parte da carteira de seguros garantia, como a garantia judicial ou os performance bonds. De acordo com Enzo Ferracini, diretor de Infraestrutura da JLT Brasil, havia três ou quatro anos que o BNDES havia parado de aceitar tais coberturas como garantias de finalização de projetos.
“O produto existe para vários setores, mas o BNDES ainda está negociando a aceitação do completion bond caso a caso”, disse Ferracini à Risco Seguro Brasil durante o XI Seminário de Gerência de Riscos e Seguros, realizado em São Paulo entre 26 e 28 de outubro. “Se uma empresa alimentícia está construindo uma nova planta e pede um empréstimo, por exemplo, ela pode oferecer o completion bond como garantia.”
Por enquanto, porém, o mesmo tipo de garantia ainda não está sendo aceito pelo banco de fomento para projetos puramente de infraestrutura, de acordo com o especialista da JLT.
Riscos de engenharia
Ferracini participou de um painel no seminário sobre riscos de engenharia, no qual especialistas discutiram as perspectivas para este segmento do mercado de seguros. (Clique aqui para acessar a apresentação dele no painel.)
Um dos temas discutidos foi o plano da Susep de obrigar as seguradoras a sempre oferecer nas apólices as duas coberturas hoje existentes no mercado, a saber, obras civis e instalações e montagens.
Para Ferracini, a unificação das apólices não deve necessariamente representar um aumento nos preços das coberturas adquiridas pelas empresas do setor.
“Os preços tiveram uma leve queda, e seguem sofrendo esta redução por conta de novos entrantes”, afirmou. “Mas a unificação das apólices não deve representar mais custo, dependendo da operação da construção.”
Segundo ele, obras de maior porte podem ver um aumento no preço de suas apólices de seguro individuais, mas não em relação ao custo atual da cobertura global da obra.
“Em uma operação de construção simples, em que não há muitas instalações e montagens, o preço vai ser o mesmo com esta cobertura adicional. Obviamente, se se trata de uma planta com instalações que às vezes representam 70% do valor da obra, isso pode representar um custo adicional”, disse Ferracini. “Mas a empresa já teria que incorrer este custo na contratação de duas apólices.”
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