Alta sinistralidade restringe produto a poucas seguradoras
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- Oscar Röcker Netto
- 2 de setembro de 2015
- Sem categoria
Na Argo, indenizações de RC para médicos muitas vezes passam de 100%, mas empresa vê potencial de crescimento em setor ainda pouco segurado
O ramo de RC profissional para médicos está com crescimento forte, mas exige uma administração complexa por parte das seguradoras.
A sinistralidade no produto pode exigir uma engenharia atuarial das mais afinadas para equilibrar as contas na carteira de riscos.
O superintendente de Linhas Financeiras da Argo, Gustavo Galrão, explica que a empresa busca o target de sinistralidade de 35% na carteira de RC Profissional, que além de médicos, inclui outras sete profissões.
“No médico, muitas vezes trabalhamos com sinistralidade maior do que 100%”, diz ele. Ou seja, paga-se mais sinistro do que se recebe em prêmio.
Para manter a carteira saudável entra em jogo, portanto, um princípio basilar do seguro: o mutualismo, no qual a sinistralidade menor em outras profissões ajuda a equilibrar as contas.
De acordo com Galrão, trimestralmente é feita uma revisão dos cálculos para dimensionar os prêmios.
Por conta disso, não são muitas empresas que trabalham neste nicho. Segundo Raquel Silveira, executiva de Linhas Financeiras da AON, 12 companhias trabalham com RC Profissional no país, das quais apenas quatro ou cinco se dedicam com mais afinco aos negócios com médicos.
“É uma administração mais complexa. Poucas seguradoras oferecem a modalidade”, diz ela.
Potencial
Trabalhoso, o produto para médicos, no entanto, tem grande potencial, avaliam os especialistas.
A tendência, consideram eles, é de crescimento. “Cada vez mais os médicos precisam gerir os riscos da sua profissão, e o seguro é um parte importante deste processo”, afirma Galrão.
“Hoje só 10% da classe médica contrata seguro, então temos um universo grande a explorar, que pode ser multiplicado por dez.”
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