Acionistas descartam IPO do IRB Brasil Re este ano, diz jornal
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- Oscar Röcker Netto
- 9 de agosto de 2016
- Sem categoria
Segundo Valor Econômico, bancos que são acionistas da resseguradora consideram que cifra possível de ser arrecadada este ano seria muito baixa
Vale pelo menos R$ 8,5 bilhões, levantar-se-ia agora menos de R$ 7,5 bilhões. De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico desta terça-feira (9/8), esse é o motivo pelo qual os acionistas do IRB Brasil Re decidiram suspender os planos de realizar uma oferta inicial de ações (IPO) da companhia este ano.
Na segunda-feira (8/8) foi realizada reunião dos acionistas. Citando fontes em off, o jornal informa que Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil consideraram a cifra atual possível muito baixa; outros acionistas, os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef, teriam interesse em se desfazer dos ativos ainda em 2016.
Com 27,44% do capital, a União é a principal acionista da maior resseguradora local do país. O IPO seria uma forma de levantar dinheiro num quadro de grave crise fiscal. Algumas avaliações anteriores ao agravamento da crise, apontaram que o IPO poderia render cerca de R$ 11 bilhões — valor que dificilmente seria atingido no quadro de turbulência econômica. Os acionistas contrários ao IPO agora consideram que não se chegaria nem a R$ 7,5 bilhões atualmente, segundo o jornal.
Em junho/16, Tarcisio Godoy deixou a secretaria executiva do Ministério da Fazenda para assumir a presidência do IRB. A troca teria sido motivada por “diferenças de temperamento” com o então novo titular da pasta, Henrique Meirelles. O governo ventilou, no entanto, que Godoy assumiria a resseguradora com a missão de viabilizar o IPO para setembro deste ano. Ele substituiu José Carlos Cardoso, que ficou menos de um ano no comando do IRB.
Segundo o Valor, os bancos de investimento que assessoram o processo de IPO defenderam que o “retorno robusto” que o IRB gera seria suficiente para se chegar à Bolsa de Valores por um preço que agradasse os acionistas, mas o argumento não convenceu todos os sócios.
Uma nova reunião dos acionistas voltará a tratar do assunto no início de 2017.
Por ora, de acordo com o jornal, os acionistas consideraram melhor não abrir o capital de uma empresa que gerou retorno sobre o patrimônio líquido de 32% — o resultado chegou a R$ 414,3 milhões no primeiro semestre.
De acordo com o Valor, a cifra de R$ 8,5 bilhões toma por base o lucro líquido anual de R$ 1 bilhão e um múltiplo preço/lucro de 8,5.
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