Regulamentação e economia encabeçam ameaças ao seguro global
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- Rodrigo Amaral
- 29 de julho de 2015
- Sem categoria
No Brasil, qualidade da gestão de risco aparece com destaque em estudo da PwC sobre os desafios da indústria realizado com empresas de 54 países.
Os temas regulatórios constituem os principais desafios para a indústria global de seguros, de acordo com uma pesquisa encomendada pela consultoria PwC.
Um cenário macroeconômico cheio de incertezas, as políticas monetárias dos países desenvolvidos e os riscos cibernéticos também fazem parte do ranking elaborado pelo Centro de Estudos de Inovações Financeiras (CSFI) um think tank nova-iorquino que é o responsável pelo estudo.
No Brasil, a regulamentação e a macroeconomia também aparecem nos dois primeiros lugares do ranking. Mas em terceiro lugar vem a preocupação com a qualidade da gestão de riscos praticado pela indústria no país, um tema que, globalmente, preocupa menos o setor.
O CSFI entrevistou 806 entidades baseadas em 54 países para elaborar o estudo, chamado Insurance Banana Skins 2015. Esta é a quinta edição do trabalho, que é publicado a cada dois anos.
Dois terços dos respondentes são do setor segurador primário, e entre eles, a maioria trabalha no setor de não-vida. Resseguradores, corretores e outros profissionais do mercado também foram entrevistados.
Segundo os autores, o tom das respostas neste ano foi mais negativo do que na edição de 2013.
Excessos regulatórios
Assim como nas suas duas edições anteriores, o excesso de novas regulamentações que estão sendo impostas à indústria seguradora em todo o mundo aparece como o tema que mais preocupa o setor.
O tema foi citado especialmente por respondentes baseados na América Latina. De acordo com os autores, esta é a região do planeta onde a indústria mais se preocupa com os riscos originados nas administrações públicas.
A qualidade da gestão de riscos e as práticas de negócios no setor também receberam destaque, subindo à terceira colocação do ranking de ameaças ao setor. Dos 94 respondentes latino-americanos, 43 estão baseados no Brasil.
Na Europa, o impacto nos investimentos das baixíssimas taxas de juros praticadas pelos bancos centrais dos países desenvolvidos aparece como a principal preocupação da indústria. Já nos América do Norte, os riscos cibernéticos, que fazem sua primeira aparição no alto do ranking, ocupam o primeiro lugar.
As opiniões se dividem globalmente porém quando o tema é a tendência para preços e condições no mercado de seguros e resseguros não-vida.
Os autores afirmam que vários respondentes acreditam que está chegando o fim do longo ciclo brando do mercado, e que os preços e condições devem se endurecer em vários segmentos no futuro próximo.
Mas também há um número significativo de participantes no estudo que veem a continuidade do atual ambiente de mercado devido à contínua entrada de novo capital na indústria de seguros e resseguros e aos modestos índices de sinistralidade.
Clique aqui para ler o estudo Insurance Banana Skins 2015 em inglês.
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