Ace, Chubb, Willis e Towers Watson dão novo impulso a onda de fusões
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- Rodrigo Amaral
- 1 de julho de 2015
- Sem categoria
Seguradora norte-americana compra rival por US$ 28 bi. Objetivo é ampliar presença em produtos que hoje têm menor exposição, diz Evan Greenberg.
A onda de fusões e aquisições no mercado de seguros global ganhou um novo impulso esta semana com duas operações envolvendo algumas das maiores seguradoras e corretoras do planeta.
Na quarta-feira, 1º de julho, a seguradora norte-americana Ace anunciou a compra de sua rival Chubb por US$ 28,3 bilhões.
Um dia antes, a britânica Willis e a norte-americana Towers Watson divulgaram sua fusão, em uma operação que criará um gigante global nas áreas de corretoria de seguros e consultoria em recursos humanos.
As duas operações seguem uma tendência observada os últimos meses no mercado segurador em que grandes grupos internacionais buscam diversificar seus negócios investindo em novos mercados e buscando aumentar eficiência com fusões e aquisições.
Um prolongado período de baixas taxas de juros e excesso de capital na indústria são fatores determinantes desta tendência. (Clique aqui para saber mais.)
A Ace, por exemplo, argumentou que a Chubb atua em linhas de negócios complementares aos seus próprios e adiciona musculatura à sua rede de distribuição e à sua linha de produtos. A empresa unificada manterá a marca da Chubb e se tornará uma das maiores players globais no setor de seguros corporativos.
Em comunicado, a Ace argumentou que a aquisição agrega valor ao grupo já que, nos Estados Unidos, por exemplo, seus próprios pontos fortes são os setores corporativos industrial, multinacional e as empresas médias de maior porte, com forte distribuição via o mercado de corretores. Já a Chubb é mais forte no segmento de empresas médias, seguros especializados e seguros de caução, operando especialmente via uma rede própria de agências.
A Ace está presente em 54 países, e a Chubb, em 25. Ambas atuam no Brasil, onde, no ano passado, a Ace adquiriu o negócio de grandes riscos da Itaú Unibanco.
“Nós seremos uma empresa bem equilibrada com uma maior presença e capacidade em produtos que possuem menor exposição ao ciclo dos seguros de bens e responsabilidades,” disse Evan G. Greenberg, presidente e CEO do grupo Ace.
Corretora
A complementaridade dos negócios também foi o principal argumento apresentado pelos dirigentes da Willis, uma três grandes corretoras de seguros globais, e a consultora Towers Watson para justificar a fusão entre as duas companhias.
A nova Willis Towers Watson será uma empresa global integrada por consultoria, corretora e soluções de gestão, com 39.000 empregados e presente em 120 países. Tanto a Willis quanto a Towers Watson possuem operações no Brasil.
“Vamos prestar consultoria a mais de 80% das mil maiores companhias do mundo, além de ter uma presença significativa no mercado de médias e pequenas empresas em todo o mundo,” disse Dominic Casserley, o Chief Executive Officer da Willis, que terá 50,1% do capital do novo grupo.
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