Acidente de trabalho: risco de US$ 1 bi por semana dói no corpo e no caixa
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- Rodrigo Amaral
- 19 de janeiro de 2016
- Sem categoria
Casos não fatais custam US$ 62 bi por ano nos EUA, segundo levantamento da Liberty. Causa principal é excesso de esforço por parte do funcionário
Responda rápido: qual é o risco que custa mais de US$ 1 bilhão por semana para as empresas americanas?
A tentação é de responder que estamos falando de algum dos riscos que costumam tomar conta das manchetes do noticiário: ataques cibernéticos, terrorismo, catástrofes naturais ou coisas do gênero.
A resposta, porém, é muito mais prosaica: trata-se do mau e velho acidente de trabalho. E os custos em questão não incluem acidentes que resultam na morte do trabalhador, os quais envolvem as indenizações mais vultuosas.
Segundo a seguradora Liberty Mutual, os acidentes não fatais nas empresas americanas geram custos anuais de quase US$ 62 bilhões. Os dez acidentes mais comuns custam, só eles, cerca de US$ 51 bilhões.
Os números são baseados em dados oficiais relativos ao ano de 2013. Eles se referem às indenizações pagas aos acidentados, incluem apenas casos em que os trabalhadores tenham perdido um mínimo de seis dias laborais e não contabilizam os custos de substituição de funcionários e outros gastos relacionados a um acidente.
Eles evidenciam a importância da gestão de risco nesta área, seja nos Estados Unidos ou em outros países. Trata-se de um investimento bastante com alto retorno para as empresas e para a saúde dos funcionários.
Esforço exagerado
A principal causa de acidentes de trabalho nos Estados Unidos, de acordo com a seguradora, é o excesso de esforço do funcionário quando está lidando com algum tipo de objeto ou equipamento.
É uma categoria que inclui levantar, carregar, empurrar, puxar, carregar, atirar objetos ou outras funções do gênero.
Acidentes causados por este tipo de esforço exagerado custam mais de US$ 15 bilhões por ano nos Estados Unidos. Dinheiro que mais que justifica o investimento no treinamento dos funcionários para não tentar fazer mais do que sua forma física permite.
Quedas sofridas em uma superfície sem variação de altura, ou seja, no chão puro e simples, constituem a segunda maior causa de acidentes, custando às empresas US$ 10,17 bilhões por ano. Quedas para uma superfície inferior vêm em terceiro, com US$ 5,4 bilhões.
Há casos também em que o funcionário resvala, perde o equilíbrio, não cai, mas ainda assim se machuca. Menos graves, mas ainda assim custando US$ 2,35 bilhões por ano.
As contusões sofridas quando um trabalhador é atingido por um objeto custam US$ 5,31 bilhões anuais. Mais rara é a situação em que o funcionário se choca contra um objeto estático, mas ainda assim os custos chegam a US$ 1,85 bilhão.
As 10 maiores causas de acidentes de trabalho nos EUA, por custo
US$ 15,08 bi – Esforço exagerado envolvendo uma causa externa
US$ 10,17 bi – Quedas em uma superfície sem variação de nível
US$ 5,4 bi – Quedas em uma superfície de nível inferior
US$ 5,31 bi – Ser atingido por um objeto ou equipamento
US$ 4,15 bi – Outros esforços ou reações corporais
US$ 2,96 bi – Acidentes de trânsito envolvendo veículos motorizados terrestres
US$ 2,35 bi – Tropeço ou resbalo sem queda
US$ 1,97 bi – Ser preso ou comprimido por equipamentos ou objetos
US$ 1,85 bi – Chocar-se com um objeto ou equipamento
US$ 1,82 bi – Movimentos repetitivos envolvendo micro tarefas
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