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Seguros paramétricos se expandem e cobrem novos riscos

Os seguros paramétricos foram criados para revolucionar o mercado de coberturas para eventos climáticos em setores como a agricultura. Porém, agora, as coberturas baseadas em índices estão chegando também a outros segmentos do mercado.

Nos países desenvolvidos, a profusão de dados indexáveis colhidos por sensores e equipamentos em várias áreas diferentes estão facilitando o desenvolvimento de coberturas paramétricas. Isso  em segmentos como os seguros contra terrorismo, de transportes, de viagens e até de saúde.

De acordo com executivos, este tipo de cobertura, que tem o potencial de facilitar tanto os processos de subscrição quanto a gestão de sinistros, está sendo mais bem recebida pelos compradores de seguro. E a demanda está aumentando.

“Nos últimos três anos, nosso portfolio de seguros paramétricos dobrou a cada ano”, disse Christian Wertli, diretor de Soluções de Risco Inovadoras na Swiss Re Corporate Solutions. “Hoje há mais dados, índices e pontos mesuráveis. Assim os produtos paramétricos estão ficando mais refinados como consequência disso.”

Como funciona

As coberturas paramétricas são acionadas automaticamente. Isso acontece quando um determinado índice ultrapassa um limite acordado entre o segurador e o segurado.

Um exemplo típico é a chuva. Risco comumente coberto por este tipo de seguro no setor agrícola.

Por exemplo, se uma estação meteorológica capta que o nível de precipitação é mais alto do que o acordado. Assim, a cobertura é atividade automaticamente. Isso sem necessidade de enviar um perito. A indenização é paga ainda que nenhum dano tenha sido sofrido pelo segurado.

Tradicionalmente, as coberturas paramétricas se focam em eventos climáticos como a chuva e a seca. São riscos cuja intensidade pode ser averiguada de forma científica e confiável.

Passos

Mas seguradoras como a Swiss Re CS estão trazendo a metodologia para outras áreas. A empresa lançou recentemente na Europa uma cobertura de lucros cessantes para companhias. Afinal, são empresas que fazem transporte de mercadorias através de rios, uma importante via de comunicação em países como a Alemanha.

O produto, chamado Flow, cobre perdas sofridas pela interrupção do negócio do cliente. Isso quando o nível dos rios que ele utiliza fica acima ou abaixo do que é necessário para sua navegabilidade.

Lucro cessante

Lucros cessantes também formam o principal atrativo de outro produto oferecido pela empresa. Antes de mais nada, o novo produto cobre as perdas ocorridas quando o número de visitantes em aeroportos, shopping centers, estações de trem e hotéis. Assim como em outros tipos de negócios que ficam abaixo de uma quantidade combinada com o cliente.

Na Europa e outros centros desenvolvidos, as seguradoras têm acesso a dados confiáveis sobre o número de pessoas que trafegam em determinados locais. Assim, permite a criação deste tipo de produto. O volume de visitante pode cair em razão de motivos como catástrofes naturais, atos terroristas ou epidemias.

“Se o número de visitantes cai demais em um aeroporto, pode causar graves perdas. Especialmente em termos de interrupção de negócios”, disse Thomas Keist, diretor de inovação na Europa na Swss Re CS.

Aon e o valor intangível

No caso da corretora Aon, as técnicas paramétricas permitiram a elaboração de um produto. Na visão da Aon, ele pode proteger empresas cujo valor está mais focado em sua marca que em seus ativos físicos, como as companhias de comércio digital, car sharing e similares.

O seguro paramétrico elaborado pela Aon cobre lucros cessantes sem danos à propriedade (conhecido em inglês como non-damage business interruption, ou NDBI). Afinal, essa é uma velha demanda das grandes empresas.

Por exemplo, empresas em setores como o car sharing ou room sharing podem ter grandes prejuízos. Principalmente em casos de terremotos, furacões, epidemias, atos terroristas e outros eventos. São situações que diminuem a utilização de seus serviços. Ainda que os bens diretamente afetados não pertençam a elas.

Para solucionar este problema, a cobertura da Aon é acionada quando um evento afeta o balanço da empresa. Bem como, quando as perdas financeiras chegam a um determinado nível acordado com o cliente.

“O valor das empresas está cada vez mais movendo-se dos ativos tangíveis para os intangíveis. O seguro paramétrico permite o desenvolvimento de soluções que protegem o valor intangível das empresas”, disse Kurt Cripps, diretor de Inovação e Soluções na Aon. “Nossa cobertura paramétrica NDBI cobre todos os riscos, exceto casos de insolvência ou fraude.”

Viagens na medida

Outro segmento que está vivendo a chegada dos seguros paramétricos é o seguro de viagens.

Em 2017, a Axa lançou na Europa uma cobertura que automaticamente paga uma indenização na conta corrente do cliente, caso seu voo atrase por mais tempo do que um período previamente acordado.

As técnicas paramétricas também foram usadas pela Steel City, uma agência de subscrição americana. Ela criou uma apólice de risco reputacional. Esta apólice é ativada por um índice elaborado a partir de uma série de dados que estão associados à boa ou má imagem da empresa.

Saúde

Experiências em outras também estão sendo desenvolvidas. Por exemplo, o Banco Mundial, tem um projeto para implementar seguros paramétricos contra pandemias em países pobres.

Já a seguradora americana MetLife está testando em Singapura uma cobertura baseada em dados sobre a saúde dos pacientes que protege mulheres grávidas contra um tipo de diabetes.

A empresa coleta dados dos registros médicos eletrônicos das seguradas. Nesse caso, pode ser acionada em questão de minutos após o diagnóstico da enfermidade, segundo a empresa.

“A única limitação ao desenvolvimento de produtos paramétricos é que precisamos encontrar índices confiáveis e independentes”, disse Wertli.

Eventos climáticos

Novidades também estão aparecendo nos segmentos de riscos climáticos em que os seguros paramétricos começaram a sua trajetória no mercado.

Em março, a resseguradora Swiss Re e a seguradora Falls Lakes lançaram nos Estados Unidos uma cobertura contra terremoto que é acionada automaticamente. Isso acontece se a região onde se localiza o imóvel segurado sofre um terremoto de magnitude superior a 4 na escala Richter.

Já em 2018 o mercado americano viu surgir a primeira cobertura contra granizo baseada em técnicas paramétricas.

Novas estações

Segundo Tanguy Touffout, fundador da agência de subscrição francesa Descartes Underwriting, essa cobertura se tornou possível com o desenvolvimento de novas estações meteorológicas para a medição de chuvas de granizo.

As novas estações são muito mais baratas do que as que haviam anteriormente no mercado, possibilitando sua instalação em mais pontos, e a captação de um volume maior de dados sobre as precipitações.

“Hoje podemos avaliar o tamanho das pedras de granizo de forma muito precisa, então podemos oferecer coberturas para concessionárias ou fabricantes de automóveis para que protejam os veículos de danos causados por chuvas de granizo”, explicou Touffout. “Mesmo nos segmentos de riscos climáticos há muitos novos produtos paramétricos sendo desenvolvidos.”




Novas tecnologias podem facilitar criação de mais seguradoras

As soluções paramétricas e outras tecnologias como o blockchain e a inteligência artificial podem ajudar novos atores a entrar no mercado de seguros.

Esta pelo menos é a expectativa da fintech suiça Etherisc. A empresa desenvolve sistemas informatizados open source para startups do setor.

A Etherisc coloca à disposição de seus parceiros sistemas baseados em novos dispositivisos. São tecnologias como blockchain, inteligência artificial e soluções paramétricas para que elas mesmas desenvolvam seus planos de negócio e comecem a atuar no setor.

Por exemplo, um grupo de estudantes de computação de Porto Rico está se valendo dos sistemas da Etherisc. A princípio, o objetivo é criar uma cobertura paramétrica contra furacões. A cobertura é baseada em índices de velocidade do vento. A ideia surgiu após Porto Rico ter sido devastado por furacões em 2017.

Automação

Para Stephan Karpischek, as novas tecnologias criam as condições ideais para descentralizar o processo de seguros. Assim como facilitar a entrada de novos atores no mercado.

Isso porque ele permite a coleta de dados necessária para soluções paramétricas. Bem como sua manipulação através de sistemas baseados na tecnologia blockchain, que permite o compartilhamento seguro de informações.

“Com o nosso modelo geral de seguros, as empresas são capazes de escolher seus próprios provedores de dados, os gatilhos e os parâmetros para seus modelos de risco”, disse Karpischek.

“A partir daí, elas podem desenvolver seus próprios negócios com a tecnologia blockchain, mesmo sem saber muito sobre os detalhes técnicos.”

Obstáculo regulatório

Um obstáculo que estes novos atores podem enfrentar, porém, é a questão regulatória.

Em vários países, as autoridades supervisoras podem torcer o nariz para a ideia de que um produto tão simples seja chamado “seguros”, observou Karpischek.

Porém, ele acredita que nada impede as empresas inovadoras de utilizar outras denominações para mecanismos de transferência de risco. Por exemplo, de produtos financeiros como os derivativos.

“O maior obstáculo no momento atual é regulatório”, disse ele. “Tecnicamente, trata-se de algo simples, se você não o chama de seguros.”

Parceria no Sri Lanka

Em uma experiência similar, a mescla das soluções paramétricas com a tecnologia blockchain e inteligência artificial está na origem da insurtech britânica Skyline Partners.

Sob o mesmo ponto de vista, a empresa desenvolveu um modelo de distribuição de seguros aliado à gestão de sinistros. A métrica está sendo testada em comunidades de pequenos agricultores no Sri Lanka.

Elaborado em parceria com a corretora Aon, o modelo prevê o pagamento automático de indenizações aos segurados se a apólice for acionada por excesso de chuvas ou secas.

Eu escolho

Quando estiver plenamente operacional, o produto deve permitir que os próprios agricultores elejam os tipos de eventos meteorológicos dos quais desejam proteção.

O processo de subscrição é baseado nos dados coletados sobre as regiões cobertas pela apólice. Assim, sua simplicidade permite que as coberturas sejam comercializadas através de fornecedores de implementos agrícolas.

“As soluções paramétricas são as mais adequadas para as mudanças pelas quais o mercado está passando neste momento. Elas podem ser totalmente automatizadas e a transferência de riscos pode ser feita quase que à perfeição”, disse Laurent Sabatié, co-fundador da Skyline Partners.

“Quando se tem acesso a dados confiáveis, é possível analisá-los antecipadamente. Bem como elaborar produtos sob medida exatamente como os clientes querem.”




Zurich visa PMEs com seguro cibernético mais simples

A seguradora Zurich está apostando que nenhuma empresa, por menor que seja, pode abrir mão de se proteger contra os riscos cibernéticos.

Por esse motivo, está lançando no Brasil um seguro cibernético voltado ao mercado das pequenas e médias organizações.

Segundo Fernando Saccon, responsável pela área de Linhas Financeiras da Zurich no Brasil, o Seguro Proteção Digital visa companhias com faturamento de até R$ 40 milhões. Igualmente oferecendo limites entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões.

O preço da cobertura varia entre R$ 10 mil e R$ 60 mil. Isso de acordo com os limites solicitados e o faturamento da empresa.

Perda de dados

“Trouxemos a expertise do produto lá de fora. A Zurich atua nesta área há mais de dez anos nos Estados Unidos e outros países”, disse Saccon à Risco Seguro Brasil.

Ele explicou que o principal risco coberto pela apólice é o de perda de dados. Com a entrada em vigor de leis de proteção de dados no Brasil e outros países, este é um risco crescente para as empresas. O problema atinge mesmo àquelas que podem não parecer alvos óbvios para gangues de hackers.

Os dados de terceiros também podem ser afetados por descuido. Como um vazamento involuntário e pela falta de controles internos da empresa. Ou mesmo um email enviado de maneira equivocada, explicou Saccon.

Funcionários ou ex-funcionários da empresa podem estar na origem dos eventos. Seja de maneira criminosa ou acidental.

Extorsão, comigo não

A apólice cobre o possível pagamento de indenizações a terceiros que se sintam prejudicados pelo vazamento de seus dados. Assim, multas derivadas de leis de proteção de dados também podem ser cobertas. Bem como os custos legais dos processos resultantes.

Outro elemento da cobertura diz respeito à reação ao evento cibernético. À primeira vista, isso inclui os custos de investigação sobre a extensão do problema. Assim como a substituição de arquivos digitais, a recomposição de dados perdidos e outras tarefas.

A cobertura também inclui os custos relacionados a ataques de negação de serviço, como o famoso WannaCry de dois anos atrás. Por exemplo, as perdas financeiras pelo período em que a empresa deixou de operar por causa do evento cibernético.

A cobertura também atinge o pagamento de extorsão, em casos em que meliantes pedem um resgate para dar à empresa a senha necessária para desbloquear o sistema.

Reação

“É extremamente importante que a resposta seja rápida. A divulgação de informações é muito rápida, e nem sempre elas refletem o que de fato ocorreu,” disse Saccon. “É essencial que exista um suporte ao segurado para que dê uma resposta rápida à sociedade e aos seus clientes.”

Custos de reação incluem serviços jurídicos, de contabilidade, de investigação, consultores na área de extorsão e também profissionais de relações públicas.

Para empresas de maior porte, que buscam coberturas feitas sob medida, a Zurich também oferece engenharia de riscos, estratégia para prevenção de incidentes e outros serviços adicionais.

Adaptação

Saccon disse que a Zurich trouxe o produto ao Brasil no final de 2016. Desde então vem trabalhando na sua adaptação ao regime regulatório local.

A meta é suprir uma demanda por seguros cibernéticos por parte de PMEs que, segundo ele, já pode ser sentida.

O público-alvo é composto por associações profissionais, comércio, consultorias, escritórios de advocacia, instituições de educação, imobiliárias, farmácias e outros setores. A apólice simplificada não é oferecida, porém, a áreas muito expostas como as instituições financeiras.

Condições

As condições de aceitação incluem domicílio no Brasil, políticas mínimas de segurança da informação e não ter sido objeto de incidentes cibernéticos nos últimos dois anos.

A apólice é vendida pelas 27 filiais que a Zurich tem no Brasil, além da rede de corretores da empresa.

“As condições de aceitação são menos rígidas que as exigências da Lei de Proteção de Dados”, disse Saccon. “São condições como políticas de educação para os profissionais sobre o tema, que não vão gerar um grande custo para as empresas.”

“A estratégia para este nicho de mercado tem que ser mais simples, até por conta de uma menor exposição ao risco do que a das grandes empresas,” completou.




China aposta nas massas para destravar seguro cyber

Seguro cyber. É hora de falar sobre ele. Com um potencial de crescimento fabuloso, o mercado de seguros espera que as coberturas cibernéticas venham a se tornar, um dia, um verdadeiro negócio da China.

Na própria China, porém, como em outras partes do mundo fora dos Estados Unidos e Europa, o segmento de seguro cyber está demorando para decolar.

Fontes consultadas pela Risco Seguro Brasil estimam que apenas cerca de 100 apólices corporativas de seguro cyber já foram vendidas na China. O volume é similar ao que se acredita já terem sido subscritas no Brasil.

Por isso, o mercado está buscando outras maneiras de dar vazão ao potencial chinês. Da mesma forma, uma das mais sucedidas iniciativas tem sido a venda de seguros cibernéticos para as massas.

Cobertura no banco

Seguradoras chinesas lançaram no mercado local uma cobertura que protege os usuários de serviços bancários online de fraudes cometidas por hackers. Contudo, os preços são baixos. Assim como os limites, modestos. Por isso a aceitação do público está sendo bastante boa. Isso segundo Frank Wang, responsável pela área de bens e propriedade da resseguradora Gen Re na China.

Tratam-se de coberturas compradas nos sites de seguradoras ou dos próprios bancos onde os clientes têm suas contas.

Elas garantem o reembolso de até US$ 1.000, caso fraudadores ataquem o banco e roubem o dinheiro da pessoa.

As apólices cibernéticas pessoais podem ser pagas por cartão de crédito e sua contratação é feita muito rapidamente, explicou Wang.

Exército de clientes

Não é difícil entender o atrativo que este produto, ainda que relativamente barato, tem para o setor, considerando o tamanho do potencial mercado chinês. Estima-se que 800 milhões de chineses façam uso frequente da internet.

“A internet está muito desenvolvida na China, talvez até mais do que nos EUA e na Europa”, disse Wang. “As pessoas estão acostumadas a comprar seguros pela internet.”

Ele notou que o êxito deste produto revela como o mercado está se adaptando às particularidades da China para aproveitar as oportunidades de negócios no segmento.

PMEs também

Algumas seguradoras e resseguradoras internacionais estão de olho em produtos mais massificados. Elas começam a oferecer coberturas para pequenas e médias empresas. Um dos motivos é justamente porque o mercado corporativo está tardando a engrenar.

As coberturas, neste caso, são menos abrangentes, os preços são mais baixo e o processo de subscrição é mais ágil.

Para Wang, algo que pode ser chave para vencer no mercado chinês é a venda de apólices simplificadas de seguro cibernético para PMEs por meio da internet.

Dinheiro vivo já era

“A China é um mercado grande, avançado digitalmente e que se baseia muito na tecnologia. No entanto, a penetração global de seguros cibernéticos é inferior a 5%, e na China é ainda menor”, disse Andreas Schmitt, responsável pela área de Seguros Cibernéticos na Ásia na Munich Re.

“O potencial do mercado de seguros cibernéticos é portanto significativo.”

Ele observou que a China é uma das economias onde o uso de dinheiro eletrônico avança de maneira mais rápida. Até pequenos comércios de bairro já aceitam pagamentos via aplicativos de smartphone como o Alipay e o WeChat.

“Esta rápida evolução indica que o mercado está cada vez mais vulnerável ao risco cibernético, o que alimentará a demanda por seguros cibernéticos na China”, disse Schmitt.

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Preços dos seguros aumentam 3% no primeiro trimestre, aponta Marsh

Os preços globais de seguros para empresas aumentaram 3% no primeiro trimestre de 2019, de acordo com a corretora Marsh.

Acima de tudo, a alta foi puxada pelas linhas de seguros D&O e patrimoniais.

As linhas financeiras, das quais o D&O é o principal componente, tiveram uma alta de 5,6%.

Catástrofes

Já os seguros patrimoniais registraram um aumento de 4,7% no trimestre. Dessa forma, refletindo o endurecimento do mercado após as catástrofes naturais dos dois últimos anos.

Segundo a Marsh, os preços dos seguros patrimoniais estão em alta desde os eventos catastróficos do verão de 2017.

Entre os três grupos de seguros avaliados pela corretora, apenas os de responsabilidades apresentaram uma queda de preços no trimestre. A variação foi de -0,7%.

América Latina

Na América Latina, o período de alta de preços já dura seis trimestres.

O aumento entre janeiro e março chegou a 1,5%, puxado pelos seguros de responsabilidade, com 3,6%. As coberturas de automóveis foram as principais responsáveis pelo aumento.

A Marsh observou uma variação de 0,1% nos seguros patrimoniais e 2,1% nas linhas financeiras.

Mas os preços variam de acordo com o país. No Brasil, porém, as tarifas estiveram em baixa nos seguros D&O, assim como na Argentina. Na Colômbia, no entanto, houve aumentos de preços.

Mercado duro

As renovações de seguro estão sendo realmente duras na região do oceano Pacífico, que engloba Austrália e Nova Zelândia, onde os preços de coberturas para empresas subiram 16,1% no primeiro trimestre.

Nas linhas financeiras o aumento foi de 25,8%, o quarto trimestre consecutivo com taxas superiores a 23%. Uma onda de ações coletivas contra empresas tem dado o tom no mercado de linhas financeiras na região.

Já os seguros patrimoniais ficaram 14,5% mais caros na região, e os de responsabilidades, 5,7%.

Outras regiões

Nos países desenvolvidos, os preços também estão em alta, mas de forma menos acentuada.

Nos Estados Unidos, a variação das tarifas no primeiro trimestre foi de 1,1%, e no Reino Unido, de 2,9%.

Já na Europa a variação no período foi de 2%, e na Ásia, de 0,4%.

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Ping An, da China, é marca mais valiosa do seguro mundial; veja o top 10

A chinesa Ping An possui a marca mais valiosa do mundo no mercado de seguros. Isso de acordo com a consultoria Brand Finance.

A empresa estima que a marca da seguradora chinesa vale US$ 50,5 bilhões. Igualmente obteve uma valorização de 93% no último ano.

Em segundo lugar no ranking anual elaborado pela consultoria aparece a alemã Allianz. Da mesma forma, com um valor de marca de US$ 23,1 bilhões, após um incremento de 14,2%.

Outra empresa chinesa, China Life, ocupa a terceira posição com US$ 21,8 bilhões, e a francesa Axa vem em quarto com US$ 15,6 bilhões.

Refletindo o extraordinário crescimento do mercado chinês e seu potencial, seguradoras chinesas ocupam quatro das dez primeiras colocações do ranking.

As 10 marcas mais valiosas do seguro mundial

  1. Ping An (China), US$ 50,5 bi
  2. Allianz (Alemanha), US$ 23,1 bi
  3. China Life (China), US$ 21,9 bi
  4. Axa (França), US$ 15,6 bi
  5. AIA (Hong Kong), US$ 15,5 bi
  6. CPIC (China), US$ 10,7 bi
  7. PICC (China), US$ 9,1 bi
  8. GEICO (USA), US$ 8,8 bi
  9. Zurich (Suíça), US$ 8,2 bi
  10.  Allstate (USA), US$ 8 bi

Resseguros

No mercado de resseguros, a marca mais valiosa é a da Swiss Re, com um valor estimado em US$ 4,2 bilhões.

Em segundo lugar aparece a Hannover Re, com US$ 2,7 bilhões, seguida pela Munich Re, com US$ 2,4 bilhões.

Um setor pouco amado

Outra conclusão da pesquisa anual da Brand Finance é que as marcas de seguro, de maneira geral, não contam com boa reputação entre os consumidores.

O setor recebeu uma nota 6,6, de um máximo de dez, entre os consumidores pesquisados.

Para fins de comparação, a indústria de hotéis mereceu uma nota 7,3, e a de automóveis, 7,1.

Nenhuma marca brasileira aparece entre as 100 mais valiosas do seguro mundial.

No entanto, há outras empresas estrangeiras presentes no Brasil com boa colocação no ranking, como a Generali (16º lugar), Chubb (19º), Mitsui Sumitomo (20º ), Travelers (21º), Swiss Re (23º), Tokio Marine (24º) e AIG (25º).




Allianz investe em seguro reputacional para pequenos

Partindo do pressuposto que a reputação é um bem vital para todas as empresas. Do mesmo modo, não importando seu tamanho, a Allianz Global Corporate & Specialty, AGCS, lançou no mercado europeu um novo seguro. Trata-se de um seguro contra dano reputacional direcionado a pequenas e médias empresas.

A cobertura difere de outras disponíveis no mercado. Acima de tudo porque não foca apenas no público de grandes corporações que tradicionalmente caracteriza o segmento.

A cobertura da AGCS provê limites de até €25 milhões. A princípio, com uma meta de €10 milhões, para empresas com faturamento de até €250 milhões por ano.

Simplificação

Segundo Joachim Albers, um especialista em risco de dano reputacional da AGCS na Alemanha, trata-se de uma cobertura simplificada, e mais acessível em termos de preço, que introduz inovações com o fim de tornar o produto disponível para um universo maior de companhias.

A cobertura foi lançada no ano passado na Alemanha e Áustria, e mais tarde nos países escandinavos. Neste ano, está sendo introduzida também na Grã-Bretanha.

Sua criação seguiu a análise da performance do seguro de dano reputacional da AGCS que foi lançado cinco anos atrás, com foco em coberturas feitas à medida para as grandes empresas.

“Perguntamos aos nossos clientes e a corretores por que eles não estavam comprando seguro reputacional”, contou Albers. “Segundo o feedback recebido, refizemos totalmente o nosso produto, que agora é uma cobertura muito mais simples e holística.”

Sem trigger

Uma constatação da AGCS foi que a necessidade de comprovar que um evento havia acionado a cobertura, o chamado trigger, era  um empecilho para os clientes comprarem o seguro.

Por isso, a apólice para SME não prevê a necessidade de um trigger para ser acionada. Se a empresa acredita que sua reputação está em risco, já pode acionar a apólice para cobrir os custos com consultores de relações públicas e gestores de crise para mitigar o dano à sua imagem.

“A empresa já pode ter acesso aos serviços necessários para avaliar a situação e decidir, em conjunto com seus consultores, se é necessário tomar mais medidas”, explicou Albers.

A apólice também cobre perdas financeiras derivadas de uma crise reputacional, mas nesse caso é necessário uma avaliação mais criteriosa baseada em uma análise da exposição da marca na mídia por parte de uma empresa especializada.




No Brasil, cobertura de reputação pode ser adicionada a cyber e D&O

O risco de reputação é um problema crescente para empresas. Porém, o mercado brasileiro ainda não tem apólices exclusivas de seguro contra esse dano.

Entretanto coberturas contra o risco podem ser incluídas em outras apólices. Por exemplo, como as de seguro D&O e cibernético, segundo a corretora Aon.

Em entrevista à Risco Seguro Brasil, Mauricio Bandeira, gerente de Produtos Financeiros da Aon, também afirma que as empresas brasileiras estão se tornando mais conscientes a respeito deste risco.

Leia a entrevista abaixo:

RSB – É possível para uma empresa comprar um seguro de dano reputacional no mercado brasileiro?


Mauricio Bandeira – O dano reputacional tem se tornado um dos principais riscos para as empresas. Especialmente após o uso disseminado das redes sociais. Da mesma forma da proliferação de ataques cibernéticos. A partir deste cenário, que requer constante ações de preservação sobre os dados e a imagem da companhia, tornou-se possível adquirir este modelo de seguro no Brasil. Assim como internacionalmente.

O propósito desta apólice está em restituir perante a opinião pública a imagem pessoal e corporativa. Sob o mesmo ponto de vista para mitigar todos os danos possíveis à reputação. Igualmente um serviço que abrange empresas de todos os portes. Ainda não temos seguradoras locais oferecendo essa solução específica para Risco Reputacional. Porém algumas apólices de seguro já oferecem cobertura pontual para algumas situações de crise, caso do Seguro D&O e do Cyber.

Além de gastos de gestão de crise, é possível cobrir perdas financeiras derivadas de uma crise de reputação? Quais sãos os riscos cobertos com mais frequência e quais são as exclusões mais comuns?

A crise de reputação pode ser desencadeada por inúmeros fatores. Antes de mais nada, como a conduta corporativa ilícita. Assim como falha de produto, ruptura de uma cadeia de suprimentos ou repercussão negativa nas mídias sociais. As nossas coberturas garantem o uso de recursos para gestão de riscos. Igualmente incluindo avaliação, teste, mitigação e gerenciamento dos processos. Isso para que o nosso cliente consiga se restabelecer em situação de crise.

O seguro de dano reputacional também indenizará uma queda substancial da receita corporativa associada diretamente ao evento.  Em outras apólices, como de D&O e Cyber, a cobertura específica para Dano Reputacional será acionada. Antes de mais nada, como uma maneira de mitigar possíveis consequências de eventos danosos cobertos pela apólice. Dessa forma, com o reembolso de custos de consultores de crise especializados em gerenciar tais eventos.

Reputação no mercado internacional

É possível comprar esta cobertura no mercado internacional – em Londres, por exemplo?

É possível adquirir globalmente.

Você acredita que as empresas brasileiras estão cientes da severidade do risco reputacional e da necessidade de gerir este risco?

Na última década, segundo Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos da Aon, constatou-se que o risco de reputação é considerado um dos maiores riscos na visão das empresas. Assim também inclui as brasileiras. O mercado nacional está mais consciente. Por exemplo, entende que riscos à reputação não ferem apenas a imagem corporativa. Da mesma forma, é certo também que o seu valor acionário sofrerá danos. Em média, segundo a pesquisa com que analisou 125 crises, perde-se 5% do valor no ano após o evento.

De uma forma geral, o mercado entendeu a necessidade de melhorar os processos internos. Principalmente sobre gerenciamento de risco. Dessa forma, é  possível alcançar ganhos mediante situações de risco à reputação. Assim como aconteceu com uma grande fabricante de celular um ano após (2018) o recall por superaquecimento de um de seus celulares. A companhia foi rápida em seu processo de resposta global. Também foi decisiva em suspender a produção do produto. Afinal, agiu com transparência ao reconhecer seu erro. O resultado desta estratégia resultou no aumento de 20% sobre o valor acionário.




Seguro para reputação cobre gestão de crise e perdas financeiras

O tema é seguro para reputação sobre gestão de riscos e perdas financeiras?

Com os riscos reputacionais em alta, o mercado global de seguros está oferecendo um número crescente de coberturas. Dessa forma, ajudam as empresas a reconstruir sua imagem após um escândalo.

Tais coberturas incluem a contratação de empresas de Relações Públicas e de mídia. Assim, tem como objetivo, disseminar a versão da empresa. Isso, além de consultores em gestão de crises, advogados e outros profissionais que podem custar os olhos da cara.

Segundo a corretora Aon, essas coberturas já existem no Brasil. Especialmente como complemento a apólices de seguros como D&O e cibernéticos. (Clique aqui para saber mais.)

Por exemplo, no exterior, já há coberturas mais amplas. Da mesma forma, elas também ressarcem o segurado por perdas financeiras resultantes de um evento reputacional.

E novidades começam a se espalhar. É o caso de uma apólice direcionada a pequenas e médias empresas. Além de outra que utiliza técnicas de seguros paramétricos para avaliar o dano reputacional sofrido pelo cliente.

Sob medida

As apólices de seguro reputacional existentes no mercado em geral são destinadas a grandes clientes. Acima de tudo, eles buscam capacidades às vezes superiores a US$ 100 milhões.

Para isso necessitam negociar com consórcios de subscritores. Da mesma forma, mesmo as empresas mais atuantes no segmento oferecem limites inferiores a esse valor.

Por exemplo, a londrina Tokio Marine Kiln. Trata-se de uma das mais ativas seguradoras na área de reputação de empresas. Assim, ela se dispõe a prover limites de até US$25 milhões para apólices. E incluem tanto a cobertura de medidas reativas, como a contratação de consultores, quanto os danos financeiros sofridos pelo cliente.

De acordo com Paul Gooch, subscritor de riscos reputacionais da empresa, apesar da disponibilidade das apólices standalone. “É mais comum hoje os clientes quererem coberturas complementares às de riscos cibernéticos”,  disse à Risco Seguro Brasil.

O que está alimentando essa demanda é o aumento da exposição causada pelas obrigações de reporting impostas por leis de proteção de dados na Europa, Califórnia, Nova York e outras jurisdições.

Ajustado ao cliente

As apólices são ajustadas às características de cada cliente, já que variados tipos de sinistros podem causar dano reputacional a empresas que trabalham em setores diferentes.

A apólice é acionada quando um evento danoso à reputação da empresa repercute na TV, rádio, jornais e outros meios de comunicação. Má publicidade em mídias sociais como Twitter, Facebook e Yelp também são cobertos.

Coberturas mais comuns

Tipos de cobertura comuns nas apólices incluem a violação de dados de terceiros, enfermidades causadas por alimentos produzidos pelo cliente, funcionários que agem de condenável e prejudicam o nome da empresa e o recall de produtos faltosos.

Mas há também casos originais como o de um cliente da TKM que constrói edifícios inteligentes e temia o efeito em sua marca de eventuais ataques cibernéticos contra seus prédios.

A empresa argumentou que sua reputação pode ser afetada ainda que a mídia não reporte o evento. Bastaria que seus inquilinos se inteirassem do fato para causar prejuízos. A TKM aceitou o argumento, afirmou Gooch.

Perdas financeiras

Empresas como a TKM também aceitam cobrir as perdas financeiras causadas por eventos reputacionais, o que levanta a questão de como calcular estes prejuízos.

O desafio é isolar as perdas ligadas a escândalos de outros fatores como a desaceleração do mercado, má gestão etc.

”Estimar perdas financeiras depois de um evento reputacional não é tão simples como calcular um sinistro de seguro patrimonial, mas tampouco é tão complicado quanto muita gente pensa”, disse ele.

“Uma vez que entendemos como o cliente gera seu faturamento, podemos elaborar um wording que reflete de maneira efetiva a perda reputacional. Além disso, a maioria das empresas monitora seu faturamento recorrente mensal. Podemos então distribuir esses dados em um cronograma e calcular quaisquer reduções materiais no ritmo de aquisição de novos clientes ou aumentos no ritmo de perdas de clientes. Assim podemos calcular a redução do faturamento bruto após um evento de mídia negativo.”

Seguro paramétrico

Outra maneira de estimar as perdas financeiras foi bolada pela Steel City Re, uma agência de seguros de Pittsburgh (EUA) que é especializada em coberturas reputacionais.

A empresa desenvolveu um índice que mede o valor da reputação e sua capacidade de reagir de maneira efetiva a crises de imagem.

A empresa recolhe dados dos relatórios financeiros períodicos das empresas e os introduz em um modelo matemático que, segundo o CEO Nir Kossovski, é até utilizado por alguns hedge funds para informar suas decisões de investimento.

“O dano reputacional pode afetar o custo do crédito para a empresa, seu valor de mercado, os volumes de vendas, as margens de lucro, o recrutamento e retenção de talento e outras variáveis que normalmente não relacionamos à marca”, explicou Kossovsky.

As coberturas oferecidas pela Steel City Re, que utiliza capacidade do Lloyd’s londrino, são aciondas quando o índice de reputação do cliente cai abaixo de valores considerados críticos, sem necessidade de ajuste por parte dos subscritores.




Para Euler Hermes, incerteza política “ajuda” a elevar gestão de risco de crédito

Líder global no segmento de seguros de crédito, a Euler Hermes, empresa que faz parte do grupo Allianz, entende que há muito espaço para melhorias na gestão do risco de calotes entre as empresas brasileiras.

É o que afirma Rodrigo Jimenez, CEO da Euler Hermes no Brasil. Antes de mais nada, ele vê nas incertezas políticas um argumento que está convencendo as companhias a buscar níveis mais elevados de proteção contra a falta de pagamento por parte de seus clientes.

Em entrevista à Risco Seguro Brasil, Jimenez revela alguns motivos.  Igualmente acredita que a demanda por seguro garantia vai se beneficiar de um retorno dos investimentos de infraestrutura no país.

Leia a entrevista:

RSB – Quais são as perspectivas da Euler Hermes para o mercado brasileiro?
Rodrigo Jimenez – Nossa perspectiva é de crescimento do mercado acima da média dos últimos anos. As incertezas políticas ainda persistem no Brasil. Assim, isso traz ao empresariado uma percepção de que o seguro é um item importante. Bem como,  imprescindível na gestão financeira das empresas.  Todavia, mais e mais, vemos CFOs e empresários preocupados em melhorar a rentabilidade e gestão do fluxo de caixa. Assim também tendo o Seguro de Crédito e Garantia um papel principal nesse objetivo.

Que novos produtos e serviços a empresa planeja lançar no mercado brasileiro?
Estamos trabalhando duro para trazer ao mercado brasileiro diversas inovações na forma digital de distribuição de nossos produtos. Assim, em breve, teremos muitas novidades. Outro fator importante é a retomada de projetos de infraestrutura e investimentos no Brasil. Eles trarão certamente oportunidades adicionais de crescimento no Seguro Garantia.

Qual é a avaliação da Euler Hermes sobre a gestão do risco de crédito pelas empresas brasileiras? É possível melhorar?
Nota-se grande espaço para melhorias na gestão de crédito das empresas. Contudo, a seguradora tem papel fundamental neste tópico. Com a crise econômica enfrentada nos últimos anos, nota-se cada vez mais a necessidade de monitorar de perto a evolução financeira e comportamental das empresas. Dessa forma, a divulgação de informações passa a ser peça chave. Da mesma forma para empresas com boa qualidade creditícia.

Nova tecnologias

Que efeito pode ter a introdução de novas tecnologias no processo de subscrição, gestão de sinistros e outras atividades desempenhadas pela empresa?
A Euler Hermes é uma empresa que está constantemente investindo em novas tecnologias. Isso para simplificar e acelerar seus processos de tomada de decisão. Porém garantindo a assertividade técnica necessária.  Desta forma, lançamos globalmente nos últimos anos diversos projetos com este propósito. Por exemplo, no Brasil temos a avaliação de crédito automática para qualquer risco de nosso portfólio feita em segundos. Em contrapartida, depende do valor de risco solicitado e a exposição vigente com a seguradora.

Obviamente que este trabalho de inteligência artificial é complementado. Também com a análise humana para casos de maior sensibilidade. Portanto, lançamos uma iniciativa para antecipar o pagamento de sinistros para casos menores. Isso onde a seguradora possui rápida disponibilidade de capital. Contudo, temos ainda vários projetos de machine learning. Os projetos devem ser implementados para os próximos anos. Eles visam garantir ainda mais agilidade e assertividade nas decisões de crédito.

Como o risco político influencia a subscrição dos riscos de crédito das empresas?
A Euler Hermes, em suas análises, considera tanto o risco político quanto o risco de crédito. Desta forma, apesar de podermos conceder exposições em países considerados de maior risco, nossas análises, nestes casos, excluem a eventual cobertura para riscos políticos. Como exemplo, não cobrimos risco político para países como Argentina e Egito. Por outro lado, o risco de crédito é avaliado baseado pura e simplesmente no comportamento operacional e financeiro das empresas,. Assim sendo o escritório da Euler Hermes do país do risco solicitado responsável por estas análises. Afinal, cada time local possui maior conhecimento setorial para avaliar especificidades de cada setor ou país.

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