Usinas a fio d’água são novo desafio para o setor elétrico
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- Oscar Röcker Netto
- 29 de setembro de 2015
- Sem categoria
Processo de geração que utiliza reservatórios de menor tamanho reduz impacto ambiental, mas aumenta volatilidade do sistema, diz gestor de risco
A quase totalidade dos 20 mil MW de energia elétrica que devem entrar no sistema entre 2013 e 2018 no Brasil serão provenientes das chamadas usinas a fio d’água. Por um lado, o fato de elas operarem sem grandes reservatórios de água dribla uma série de problemas ambientais. Por outro, o sistema fica mais volátil.
Para Carlos Alberto Oliveira Pinto, membro do comitê do setor elétrico da ABGR, esse é um dos principais desafios de gerenciamento de riscos dos próximos anos.
“A sazonalidade de chuvas altera profundamente as condições para produção de energia”, diz ele. “Essas usinas possibilitam a geração de grande quantidade de energia em períodos chuvosos; nos períodos secos, a produção é drasticamente reduzida.” A oscilação dificulta o planejamento energético, avalia o gestor.
De acordo com Oliveira Pinto, as mudanças climáticas exigem diversificação das fontes de energia. E com a participação cada vez mais acentuada de hidrelétricas a fio d’água, eólicas, biomassa e solar, o uso de usinas térmicas (mais caras e poluidoras) é necessário para garantir a estabilidade do abastecimento.
Com a escassez nos reservatórios, as térmicas são também acionadas para poupar água nos períodos de seca.
“O país necessita de investimentos em ações estruturais para minimizar impactos, após a ocorrência de qualquer grande evento”, avalia Oliveira Pinto.
“Teremos grandes desafios pela frente, sendo necessária a diversificação de fontes de energia. As mudanças climáticas devem impactar de forma substancial a tomada de decisão dos governantes e com isso diminuir os impactos para a economia.”
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