Seguro ficou para trás e sabe disso, diz pesquisa
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- Rodrigo Amaral
- 23 de fevereiro de 2018
- Sem categoria
AM Best afirma que CEOs devem tomar as rédeas do processo de inovação nas companhias do setor para tirar o atraso tecnológico
A indústria de seguro ficou para atrás de outros setores na adoção de novas tecnologias. E seus executivos sabem disso. É o que afirma um relatório da agência de qualificação AM Best.
Para conseguir tirar o atraso há algumas práticas. Por exemplo, é necessário que os próprios CEOs e outros chefes das empresas de seguro tomem a iniciativa de aprender sobre as novas tecnologias. Bem como acompanhar seu desenvolvimento e implementação. Sob o mesmo ponto de vista, mandar os departamentos de informática darem um jeito no problema já não é o suficiente. Isso de acordo com a firmação da agência.
Consequentemente porque a indústria do seguro também está vivendo a chegada de novos atores. E estes ameaçam mudar totalmente a maneira como o setor atua.
Contudo, a boa notícia é que alguns subscritores já estão trabalhando no tema. Por exemplo, utilizando novas tecnologias. São elas, tecnologias de predição do comportamento dos clientes e inteligência artificial. Dessa forma, pode agilizar o processo de subscrição. Bem como precificar melhor suas coberturas e implementar sistemas de gestão de sinistros mais eficientes.
“As seguradoras simplesmente necessitam continuar a investir em novas tecnologias. Assim esperamos que os subscritores calquem uma porção material de suas despesas a melhorias tecnológicas e atualizações de seus sistemas”, afirma a AM Best no relatório.
Prioridades
Todavia, as áreas em que as empresas acreditam haver mais necessidade de atualizar suas tecnologias incluem a coleta e utilização de dados (“data mining”). Também a melhoria da interação com os clientes e distribuição de produtos.
Dessa forma, o “data mining” foi apontado por 27% dos entrevistados como a parte do seu modelo negócio que mais necessita adotar novas tecnologias. Simultaneamente, a AM Best nota que, pela própria natureza de seu negócio, as seguradoras coletam quantidades enormes de informações. Dessa forma, sua utilização pode trazer grandes avanços em termos de precificação e seleção dos riscos que elas tomam de seus clientes.
Por outro lado, é corrente no mercado a visão de que a qualidade dos dados coletados nem sempre é a melhor possível. Dessa forma acarreta riscos. De qualquer maneira, afirma o documento, tanto seguradoras como insurtechs estão investindo em ferramentas analíticas para digerir os dados coletados pelo setor.
É seguro dar atenção aos clientes
Contudo, o segundo item mais citado pelos executivos das empresas entrevistadas é a melhoria da atenção aos clientes. Afinal, o dado foi mencionado por 26,5% do total. A tendência, neste quesito, é que cada vez menos contato com os clientes se faça pessoalmente e com um uso de papelada, com um volume crescente de interações se realizando digitalmente, com uso de chatbots e outras tecnologias.
A distribuição de produtos veio em terceiro lugar. Representa 18,5% das escolhas. Uma vez que as redes sociais estão criando oportunidades para que as seguradoras distribuam seus produtos ao consumidor final sem necessitar de intermediários.
A criação de novos produtos que acompanhem os modos de consumo sempre mutantes das pessoas e empresas recebeu 18% das menções. Enquanto que os processos de subscrição ficaram com 10%.
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