Rede interbancária global reforça defesa contra ataque cibernético
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- Rodrigo Amaral
- 12 de julho de 2016
- Sem categoria
Anúncio da Swift ocorre após série de ataques de hackers causarem prejuízos milionários a bancos nos últimos meses
A empresa global de mensagens interbancárias Swift está reforçando seus mecanismos de defesa contra ataques cibernéticos – poucos meses depois que ataques contra o sistema se tornaram públicos.
A companhia anunciou a contratação da BAE Systems e da Fox-It, duas empresas especializadas em segurança cibernética, para criar uma equipe de investigação de ameaças virtuais contra seus clientes.
A ideia é aumentar a segurança dos bancos que utilizam seus sistemas na troca de informações financeiras.
A Swift, que pertence de forma cooperativa a 3.000 entidades bancárias, é responsável pela transmissão de milhões de dados sobre transações entre bancos todos os dias. Em 30 de junho, os sistemas da empresa registraram o recorde de 30,4 milhões de mensagens transmitidas — ao longo de 2015, o número ultrapassou os 6,1 bilhões.
Em abril, a Swift admitiu que seu sistema havia sido alvo de ataques de hackers. Casos de fraude cibernética envolvendo bancos de Bangladesh, Equador, Ucrânia e Vietnã foram tornados públicos nos últimos meses.
No Equador, os atacantes roubaram US$ 9 milhões após se apossarem das credenciais Swift de um banco. Em Bangladesh, o ataque foi ainda mais audacioso, uma vez que a vítima foi o próprio Banco Central do país, que foi burlado em US$ 81 milhões.
Expulsão
O mais recente ataque envolvendo entidades que utilizam o sistema teria envolvido um banco ucraniano, que não foi identificado, com perdas estimadas em US$ 10 milhões.
De acordo com a Swift, a britânica BAE Systems e a holandesa Fox-It vão complementar o trabalho da equipe de Inteligência sobre Segurança dos Clientes que foi formada pela empresa para lidar com as ameaças cibernéticas.
A ideia por trás do projeto é ajudar os bancos participantes a desenvolver estruturas eficazes de segurança por meio da realização de trabalhos forenses nos ambientes que os clientes utilizam seus sistemas.
A iniciativa também possui um elemento de compartilhamento de informações sobre ataques e sobre o modus operandi dos hackers em ações em que os clientes da Swift sejam alvos.
Com base nas informações compartilhadas, a Swift está elaborando um banco de dados com informações sobre as ameaças identificadas e orientações sobre como detectar ataques.
Em recente entrevista ao jornal Financial Times, o CEO da Swift, Gottfried Leibbrandt, disse que bancos que não reforçarem seus sistemas de defesa contra ataques cibernéticos podem ser excluídos da rede. Cerca de 11 mil bancos em todo o mundo utilizam o sistema Swift.
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