Setor crescerá 3% em 2018 e 2019, prevê Swiss Re
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- Rodrigo Amaral
- 23 de novembro de 2017
- Sem categoria
Expansão do volume de prêmios pode ser maior caso preços aumentem, o que parece inevitável para economista após queda de rentabilidade
O mercado global de seguros não-vida deve crescer 3% por ano em 2018 e 2019. Porém, o ritmo deve acelerar. Isso caso se concretizem os aumentos de tarifas esperados a partir de janeiro do ano que vem.
É o que afirma a seguradora Swiss Re em relatório sobre as perspectivas para o setor de seguros. O relatório foi divulgado nesta semana em Zurique.
De fato, a empresa acredita que os aumentos de preços de seguros e resseguros serão inevitáveis para o que o mercado recupere seu rentabilidade. Isso após o forte impacto das catástrofes naturais em 2017.
“Aumentos de preços nos segmentos mais afetados já estão acontecendo e podem ser substanciais”, disse Kurt Karl, economista-chefe da Swiss Re.
“O volume total de perdas ainda não é conhecido. Porém, parece que vai ser elevado suficiente para causar aumentos (de preços) para além dos setores afetados. Isso também está acontecendo porque os preços caíram a patamares tão baixos nos últimos anos.”
Da mesma forma, a corretora Marsh estima que os preços globais de seguros comerciais vêm caindo de forma ininterrupta já há 18 trimestres. (Clique aqui para saber mais.)
Mercados emergentes
No setor de seguros de vida, a Swiss Re espera que o volume de prêmios cresça 4% no ano que vem. Em ambos os segmentos, serão as economias emergentes que devem funcionar como principais motores do crescimento global.
A Swiss Re estima que os prêmios não-vida vão se expandir de 6% a 7% anualmente no próximo biênio nos países emergentes. Todavia com a Ásia puxando o carro com maior vigor.
A resseguradora suíça prevê que o mercado latino-americano deve seguir se recuperando. Isso pós ter encolhido 1,8% em 2016.
Mas a taxa de crescimento de 1% no volume de prêmios, esperada para 2017, está longe de impressionar. Especialmente comparada com os 10% registrados nos mercados emergentes da Ásia.
Uma das locomotivas da recuperação do seguro não-vida na região deve ser o mercado de seguros comerciais no Brasil, em que a empresa espera uma forte demanda.
Lucros em queda
A perspectiva de ajuste nos preços se reforça pela deterioração dos resultados das seguradoras não-vida.
De acordo com a Swiss Re, a taxa de rentabilidade líquida (ROE) das seguradoras não-vida globais caiu para 3% neste ano, contra 6% em 2016.
Além das elevadas perdas catastróficas, as persistentes quedas de preço e os baixos rendimentos das carteiras de investimento nos mercados desenvolvidos colaboram para esta pior performance.
Caso a subida de preços se confirme. Assim como as taxas de juros subam nos Estados Unidos e Europa, o cenário pode mudar. A empresa espera que a rentabilidade se recupere. Ainda que não passe do patamar de 7% a 8% no ano que vem.
No mercado de resseguros, a expectativa é que o aumento de prêmio se restrinja a 1%. Neste caso, o destaque deve ser as cessões de seguro de vida na Ásia emergente. Afinal, eles podem se expandir em 10%.
Clique aqui para ler o relatório em inglês.
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