Seguro de países emergentes deve chegar a 40% do total mundial
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- Rodrigo Amaral
- 4 de maio de 2018
- Sem categoria
Há dez anos, proporção era menos de 10%; Allianz estima que crescimento de prêmios na América Latina só será inferior ao da China na próxima década
No que diz respeito ao mercado de seguro, as economias emergentes devem responder por 40% do volume global de prêmios no final da próxima década. Em contrapartida, dez anos atrás, a proporção não chegava a 10%.
A previsão é da seguradora alemã Allianz. A empresa publicou um estudo sobre o mercado segurador global. No estudo também vaticina que a América Latina será segunda região com mais forte crescimento. Dessa forma, perdendo apenas para a China.
A Allianz estima que o setor de seguros latino-americano crescerá uma média anual de 9,9% entre 2018 e 2020. Já na China a expansão será de 12,9% anuais. Todavia na Ásia, excluindo os mercados chinês e japonês, de 8,8%.
Dessa maneira, a China deve passar os Estados Unidos, tornando-se o maior mercado de seguros no mundo por volta de 2028.
Ano passado
A Allianz calcula que o mercado global de seguros, incluindo os segmentos de vida e não-vida, mas excluindo os seguros de saúde, totalizou 3,66 bilhões de euros (R$ 15,4 bilhões) em prêmios no final do ano passado.
Cerca de 130 bilhões de euros (R$ 547,5 bilhões) em prêmios foram adicionados ao setor, com os países emergentes contribuindo com 80% desse número. A China, sozinha, foi responsável por dois terços do crescimento observado nas economias emergentes.
O volume de prêmios na América Latina cresceu 6,6%, um ritmo superior à media global, de 3,7%, mas menor do que na China (19,6%), Leste Europeu (9,5%), e Ásia sem China e Japão (7%).
Os mercados desenvolvidos, por sua vez, funcionaram como um lastro para o crescimento do mercado segurador. Os prêmios caíram 8,7% no Japão e cresceram minguados 0,5% na Europa Ocidental. Na América do Norte, a variação foi de 3,9%.
Como um todo, foi o mercado de seguros não-vida que puxou o ritmo de crescimento, ao fechar 2017 com uma expansão de 5%, quase o dobro da registrada entre os seguros de vida (2,8%).
O grosso da expansão das linhas de seguro não-vida ocorreu nas economias emergentes, onde os prêmios cresceram 11,6%. Nas economias mais ricas, foi de apenas 3,5%.
Tendências
A Allianz destaca em seu relatório que o desenvolvimento do mercado de seguros em 2017 foi superior ao do ano anterior, quando os prêmios aumentaram 2,9%.
Mas o setor ficou para trás da economia como um todo, que se expandiu 5,9%. Com isso, a penetração dos seguros acabou caindo.
A relação dos prêmios de seguros com o PIB global fechou o ano em 5,5%, o menor número em 30 anos, de acordo com a seguradora alemã.
A Allianz atribui boa parte da culpa por esta regressão à Europa Ocidental, onde a penetração de seguros de vida passou de 5,6% em 2007, quando começou a crise financeira global, para 4,4% no ano passado.
Aliás, foram os seguros de vida que apresentaram os piores desempenhos nos países desenvolvidos em 2017. Na Austrália, o volume de prêmios caiu 18,2%, e no Japão, 11,3%. No conjunto de economias industrializadas, os prêmios do segmento aumentaram pífios 0,5%.
Já nas economias emergentes houve um crescimento de 17,2% nos prêmos de seguros de vida, graças sobretudo ao mercado chinês.
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