Brasil derruba prêmios da Chubb na América Latina
- 1071 Visualizações
- Rodrigo Amaral
- 29 de julho de 2016
- Sem categoria
Volume baixou 5% na região, mas teria crescido 1% sem a operação brasileira, diz CEO. Prêmios e lucros globais caem após fusão
O Brasil foi o principal fator de queda dos negócios da Chubb no segundo trimestre, de acordo com o líder mundial da empresa.
Em entrevista durante a divulgação dos resultados semestrais da seguradora americana, o presidente e CEO Evan G. Greenberg observou que o volume de prêmios da Chubb na região caiu 5% entre abril e junho, comparado com o mesmo período do ano passado.
Mas a queda se deve sobretudo à redução das atividades de property & casualty e linhas pessoais na unidade brasileira. “Excluindo o Brasil, a América Latina cresceu 1%” em volume de prêmios”, disse Greenberg.
De acordo com os dados da Susep, as empresas que hoje fazem parte da nova Chubb tinham acumulado prêmios de R$ 1,12 bilhão nos primeiros cinco meses deste ano, contra R$ 1,33 bilhão entre janeiro e maio de 2015.
Em termos globais, a Chubb reportou prêmios de US$ 7,6 bilhões no segundo trimestre, dos quais US$ 7,1 bilhões se referem às operações de seguros P&C. O volume de prêmios globais é 4,7% do que a Ace e a Chubb tinham em conjunto em junho de 2015, antes da aquisição da segunda pela primeira.
Em junho do ano passado, as duas empresas reportaram lucros líquidos de US$ 1,62 bilhão. A nova Chubb, por sua vez, teve lucros de US$ 1,16 bilhão no segundo trimestre de 2016, um número 28,2% menor.
Greenberg, no entanto, disse que os trabalhos de integração das duas operações está progredindo bem e já começam a dar resultados em termos de aumento de faturamento.
Catástrofes em alta
O CEO observou que as perdas catastróficas no primeiro semestre foram mais elevadas do que o esperado.
Ele disse que o custo de eventos como os terremotos do Equador e do Japão e os incêndios florestais do Canadá ficaram US$ 100 milhões acima do que havia sido estimado originalmente pela empresa.
Em um comunicado anterior, a Chubb estimou suas perdas catastróficas no segundo trimestre em US$ 390 milhões. No mesmo período de 2015, o valor era de US$ 124 milhões.
No entanto o presidente da empresa ressaltou que, ainda que estas perdas estejam acima do que se havia reportado em anos recentes, elas não destoam da média histórica do setor.
Travelers e Scor
Outras empresas, como a seguradora Travelers e a resseguradora Scor, divulgaram resultados nos últimos dias em que as perdas catastróficas tiveram um efeito maior do que em anos anteriores.
A Travelers sofreu perdas catastróficas de US$ 143 milhões no segundo trimestre, dos quais US$ 61 milhões se deveram aos incêndios florestais na província canadense de Alberta.
Já a Scor divulgou lucros 15,9% menores no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa francesa registou uma deterioração de cinco pontos percentuais do índice combinado, que chegou a 97,5%.
Greenberg disse porém que os preços continuam em queda gradual, com as linhas de P&C no mercado internacional apresentando uma redução de tarifas de 3% no segundo trimestre.
- Brasil 97
- Compliance 66
- Gestão de Risco 200
- Legislação 17
- Mercado 247
- Mundo 102
- Opinião 25
- Resseguro 105
- Riscos emergentes 10
- Seguro 198