Mercado lamenta mortes de executivos da Bradesco Seguros
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- 11 de novembro de 2015
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Marco Antonio Rossi e Lucio Flávio Condurú de Oliveira falecem em queda de avião; homenagens ressaltam liderança de ambos no setor
As mortes dos presidentes da Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, e da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, em um acidente de avião foram recebidos com pesar e consternação pelo mercado de seguros.
Colegas e entidades do setor estão prestando homenagem aos dois profissionais, ambos detentores de importantes cargos representativos na indústria.
Os dois morreram na noite de terça-feira, 10 de novembro, quando o avião Citation VII em que viajavam caiu no sudeste de Goiás. Dois tripulantes da aeronave, que pertencia ao Bradesco, também faleceram. O piloto Ivan Vallin estava havia 33 anos na instituição e já transportara toda a cúpula do banco.
Rossi também era presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, CNSeg, e até o fim de outubro foi presidente da Federação Interamericana das Empresas de Seguros, Fides. Ele tinha 54 anos e estava na Bradesco Seguros desde 1981. Rossi deixa esposa e quatro filhos.
Por sua vez, Oliveira era vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida, FenaPrevi. Sua carreira na Bradesco Seguros se estendeu por três décadas.
Rossi vinha sendo considerado o principal nome para substituir Luiz Carlos Trabuco na presidência do Bradesco, processo que ficou embaralhado com sua morte.
A instituição lamentou as mortes em uma nota oficial.
“Reconhecidos pelo talento, competência e entusiasmo no trabalho, fraternal convivência com suas equipes e plena dedicação às suas famílias, eles cumpriram carreiras brilhantes”, diz a nota.
“Os desaparecimentos prematuros interrompem tragicamente trajetórias profissionais marcadas por vitórias e conquistas, exemplares para todos os que com eles conviveram e que serão referência para as nossas novas gerações. Aos amigos, colegas, colaboradores e, de modo especial, às famílias que sofreram perdas tão duras e repentinas, a Organização Bradesco expressa, comovida, nossas sinceras condolências.”
Liderança
Entidades e empresas do setor de seguros também expressaram seu pesar, ressaltando a liderança desempenhada por Rossi e Condurú na indústria.
“Ambos se destacaram pela luta incansável pelo fortalecimento dos segmentos de seguros de pessoas e de previdência aberta complementar, sempre com a perspectiva republicana de ampliar a proteção às famílias brasileiras e fomentar o crescimento do país”, disse a FenaPrevi em nota.
“A estes queridos companheiros, que serão sempre lembrados pela generosidade, alegria e pela inigualável capacidade transformar para melhor o mundo ao seu redor, registramos aqui nossa mais profunda e sincera homenagem.”
“Para todos que tivemos a honra de conhecê-lo, Marco Antonio foi uma pessoa extraordinária em todos os pontos de vista”, disse Raúl de Andrea, secretário-geral da Fides. “Uma perda irreparável que sem dúvida deixa um grande vazio.”
“Marco Antonio Rossi era um reconhecido líder na atividade seguradora e a sua perda será deveras sentida”, afirmou Gabriel Bernardino, presidente da Eiopa, a entidade supervisora do mercado de seguros da União Europeia.
“Além de executivos reconhecidamente brilhantes à frente das suas respectivas empresas, serão lembrados pelo espírito de colaboração e amizade por todos os que tiveram a honra e o prazer de conhecê-los”, afirmou em nota a diretoria do IRB Brasil Re. “O mercado de seguro e resseguro encontra-se em estado de luto.” Rossi era membro do Conselho de Administração da empresa.
O presidente da Sul América, Gabriel Portella, destacou em nota que “ambos sempre desempenharam um trabalho sério e contribuíram para o desenvolvimento do setor, além da atuação marcante voltada à sustentabilidade do mercado segurador”.
Perda irreparável
Representantes dos corretores de seguros também manifestaram publicamente seu pesar pela tragédia.
“Trata-se de perdas irreparáveis pelas figuras humanas e profissionais de Rossi e Lucio Flávio, que tinham o respeito e admiração de toda a indústria de seguros”, disse Alexandre Camillo, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro no Estado de São Paulo, Sincor-SP, em um comunicado. “Eram sobretudo grandes amigos que deixam uma imensa lacuna para todos que os conheceram.”
“As perdas dessas duas grandes lideranças do mercado de seguros são irreparáveis não apenas para este setor, mas, principalmente, para o nosso país, ao qual prestaram relevantes serviços em suas vitoriosas trajetórias profissionais”, afirmou também em comunicado a diretoria da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, Fenacor.
“Foram anos de convívio, amizade e admiração. Agora, neste momento, a dor é incomensurável.” A entidade cancelou um seminário sobre a Lei do Desmonte que seria realizado nesta quinta-feira, 12 de novembro, em Aracaju (SE).
A seguradora Tokio Marine expressou seu pesar afirmando que os dois executivos “eram profissionais reconhecidos pela atuação competente e pela contribuição para o desenvolvimento do mercado de seguros no Brasil ao longo das últimas décadas”.
O presidente do Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro, Marcello Hollanda, expressou em nota suas “condolências pela perda prematura destes profissionais que muito contribuíram para o desenvolvimento do mercado e das relações humanas exemplares que sempre mantiveram com os colegas do setor”.
“Sem dúvida são duas perdas irreparáveis para a indústria brasileira de seguros, pois tratavam-se de executivos de destaque em suas empresas e no mercado como um todo, ocupando importantes cargos em companhias e entidades do setor”, diz da Escola Nacional de Seguros, da qual Rossi foi membro do Conselho de Administração.
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