KPMG vê 'transformações radicais' e 5.280 riscos para empresas
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- Oscar Röcker Netto
- 7 de novembro de 2017
- Sem categoria
Regulação é preocupação mais presente nas companhias, segundo estudo recém-divulgado pela consultoria
Um estudo recém-publicado pela consultoria KPMG levantou 5.280 riscos. São obstáculos com os quais as 236 empresas de capital aberto brasileiras ouvidas em pesquisa este ano relataram ter de lidar.
O estudo foi divido em dez segmentos produtivos. O setor Financeiro foi o que relatou maior número de riscos. Foram 917 em 43 empresas. Ao mesmo tempo eguido do setor de Consumo Cíclico (868, em 44 companhias) e de Construção e Transportes (844 em 36 empresas).
Os setores de Petróleo, Gás e Biocombustíveis e o de Telecomunicações foram os que relataram ter menor exposição. São 72 e 74 riscos, respectivamente.
Entre as 25 categorias de riscos mais citadas pelas empresas, os riscos regulatórios foram os que apareceram com mais frequência. Em 87% das pesquisadas, seguidos de riscos aos acionistas (85%) e de concorrência (81%). (Veja a lista acima .)
Muda tudo
Para a KPMG, estão ocorrendo “transformações radicais no contexto em que as empresas operam”. A introdução do estudo aponta: “O dinamismo das cadeias produtivas. Assim como a complexidade do sistema financeiro global e das normas regulatórias. Bem como a revolução tecnológica, as crises socioambientais e a exposição midiática são alguns dos fatores que geram grandes incertezas na administração dos negócios”.
Tratam-se, diz a consultoria, de fatores que podem determinar o sucesso ou o fracasso da estratégia de uma companhia. “A complexidade, a volatilidade e a imprevisibilidade do mercado exigem que as organizações estejam atentas às mudanças de cenário. Também preparadas para alterar seu curso de ação. Toda decisão envolve algum grau de risco, que representa ao mesmo tempo uma ameaça aos negócios e uma oportunidade de inovação”, aponta a consultoria.
Como lidar?
De acordo com a consultoria, práticas de gerenciamento de risco são o que diferenciam a capacidade de uma companhia atravessar períodos de turbulência político-econômica. Assim como acontece com certa regularidade no Brasil, diga-se.
O estudo mostra que, atualmente, quanto maior é uma companhia, mais estruturada ela está para lidar com os problemas.
Entre as empresas com faturamento de até R$ 500 milhões, apenas 15% têm uma área destinada à gestão de riscos. Contudo, a incidência dobra entre as que têm faturamento entre R$ 501 milhões e R$ 1 bilhão. Chega a 87% nas que faturam acima de R$ 10 bilhões.
A KPMG nota que, além do porte das companhias, a incidência é maior nas que atuam em mercados mais regulados, como telecomunicações e finanças. Todas as empresas de telecomunicações pesquisadas (foram três deste segmento) possuem setor de riscos; já entre as financeiras o número cai para 63% (num universo de 43 companhias)
Todas as companhias pesquisadas fazem parte dos segmentos de Novo Mercado, N1, N2 e Bovespa Mais.
Clique aqui para acessar o estudo na íntegra.
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