Desastres em cidades podem custar US$ 4,5 tri em 10 anos
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- Rodrigo Amaral
- 11 de setembro de 2015
- Sem categoria
Estudo da Universidade de Cambridge avalia exposição de 301 centros urbanos; São Paulo é 13ª em perdas potenciais mais elevadas.
Desastres naturais e causados pelo homem têm o potencial de causar perdas de US$ 4,56 trilhões nos próximos dez anos nas principais cidades do mundo, de acordo com um estudo da Universidade de Cambridge.
No Brasil, 11 cidades analisadas pelo estudo estão expostas a perdas potenciais de quase US$ 150 bilhões.
O estudo, encomendado pelo Lloyd’s de Londres, analisa a capacidade de causar prejuízos econômicos de 18 tipos de desastres, incluindo desde riscos tradicionais como terremotos e furacões até novas ameaças como ataques cibernéticos ou os efeitos de tempestades solares.
As ameaças com maior capacidade de gerar grandes prejuízos financeiros são os colapsos de mercados financeiros, que, segundo o estudo, podem destruir US$ 1,05 trilhão em riqueza até 2025.
Em segundo lugar vêm as pandemias humanas, com US$ 592 bilhões, seguidas pelos vendavais e furacões, com US$ 587 bilhões. Terremotos e enchentes completam o ranking das cinco maiores riscos em termos de perdas econômicas potenciais.
As simulações de impactos destes riscos foram aplicadas a 301 cidades. Uma das conclusões do estudo é que os países emergentes vão arcar com uma proporção cada vez maior dos danos causados por desastres, naturais ou não, nos próximos dez anos.
Entre os fatores considerados para avaliar os prejuízos estão as práticas de gestão de riscos das cidades estudadas e as estruturas de reação a crises que lhes podem ajudar a se recuperar de uma catástrofe.
Brasil

No Brasil, o estudo avaliou a exposição de risco das 11 maiores capitais do país em US$ 148 bilhões.
As cidades avaliadas foram São Paulo (com perdas potenciais de US$ 63 bilhões), Rio de Janeiro (US$ 24,3 bilhões), Brasília (R$ 11,6 bilhões), Belo Horizonte (R$ 10,1 bilhões), Porto Alegre (R$ 8,8 bilhões), Curitiba (R$ 6,8 bilhões), Salvador (R$ 6,7 bilhões), Recife (R$ 4,8 bilhões), Manaus (R$ 4,3 bilhões), Fortaleza (R$ 3,8 bilhões) e Vitória (R$ 3,6 bilhões).
Em São Paulo e Manaus, as principais são os colapsos dos mercados, as pandemias e as enchentes. Nas outras cidades, os riscos cibernéticos são vistos como mais potencialmente daninhos do que as enchentes.
Um novo choque de preços do petróleo e a possibilidade de calote soberano por parte do governo brasileiro também aparecem com destaque entre os riscos de maior capacidade de destruição econômica nas cidades brasileiras.
Mundo
De acordo com o Estudo, a exposição de São Paulo aos 18 riscos avaliados é mais elevada do que a de metrópoles do Primeiro Mundo como Londres e Paris.
A capital paulista é a terceira cidade mais exposta no mundo a riscos emergentes como ataques cibernéticos, pandemias e tempestades solares, e a 13ª que mais pode sofrer prejuízos com todas as ameaças combinadas.
No mundo emergente, apenas Taipei, Manila, Istanbul, Xangai, Hong Kong, Teerã e Lima apresentam maior risco de perdas econômicas. Nas capitais iraniana e peruana, mais da metade das perdas potenciais se devem ao risco de terremoto, enquanto que a filipina sofre um acentuado risco de vendavais e furacões.
A líder do ranking é Taipei, com uma exposição potencial de U$180 bilhões, seguida de japonesa Tóquio, com US$ 153,3 bilhões, e Seul, na Coréia do Sul, com US$ 103,5 bilhões. As três estão expostas a uma série de desastres naturais como furacões, terremotos e enchentes, além de riscos econômicos como colapsos dos mercados e choques petrolíferos.
Nova York e Los Angeles lideram o ranking nos Estados Unidos com mais de US$ 90 bilhões em exposições.
Clique aqui para acessar a página do Lloyd’s City Risks Index.
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