Compra pela ACE favorece mercado, diz líder da Chubb
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- Oscar Röcker Netto
- 16 de novembro de 2015
- Sem categoria
Para presidente do Conselho da empresa adquirida, as duas se complementam e vão ter oferta mais ampla para corretores

A compra da Chubb pela rival Ace, negócio mundial de US$ 28,3 bilhões anunciado em julho, é excelente para o mercado brasileiro. Quem garante é o presidente do conselho de Administração da Chubb do Brasil, Acacio Queiroz.
Em entrevista à Risco Seguro Brasil, ele reforçou a ideia de complementaridade das duas empresas, com ampliação e melhoria na oferta de produtos. “Teremos um player mais forte para trabalhar em prol do mercado brasileiro”, assegurou.
A ACE tem atuação mais focada em grandes riscos; a Chubb, em riscos médios e de varejo. “As empresas se complementam”, disse Queiroz. “Vamos atender os corretores sobre todos os aspectos.”
Mundialmente, a companhia unificada se tornará uma dos principais players de seguros corporativos.
Segundo Queiroz, aqui no Brasil a nova companhia irá ficar entre as dez maiores seguradoras do mercado brasileiro — “e uma das maiores não ligada a bancos”.
A compra deverá ser concluída no primeiro semestre do ano que vem, razão pela qual Queiroz diz que não pode fazer comentários mais detalhados da operação futura da empresa.
Durante o anúncio, o presidente mundial da Ace, Evan A. Greemberg, disse que a nova empresa usará a marca Chubb.
Tamanho
Segundo dados da Susep, compilados pelo especialista Fernando Galiza para o Sindicato dos Corretores de Seguro e Resseguro de São Paulo (SIncor-SP), a ACE ocupou em 2014 a 15ª colocação entre as maiores seguradoras do Brasil, enquanto a Chubb ficou no 18º lugar.
O levantamento não considerou as receitas com VGBL. Com esses critérios, juntas, as companhias formariam no ano passado a 13ª maior seguradora do país.
A ACE, que chegou ao Brasil em 1999, deu um passo largo no segundo semestre do ano passado para reforçar sua atuação no país. Ela comprou o segmento de grandes riscos da Itaú Seguros — um negócio de R$ 1,5 bilhão, com o qual pescou os 18% desse segmento que estavam na mão do banco.
Concentração
O mercado de seguros e resseguros vem passando por uma fase de consolidação, com vários casos de fusões e aquisições.
O ambiente internacional continua favorável para este tipo de operação, estimulado por uma combinação de juros baixos e perdas limitadas que, segundo analistas, deve continuar pelos próximos meses.
Pelo lado dos compradores de seguros, no entanto, o movimento mundial é visto com ressalvas.
A Amrae, associação que reúne gestores de risco franceses, acredita que a concentração pode resultar em menor capacidade para alguns produtos e consequente aumento de preço.
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