Capital cai, mas capacidade de resseguro ainda é suficiente, diz Aon
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- Risco Seguro Brasil
- 29 de abril de 2019
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O mercado global de resseguros segue em boa saúde. Isso, apesar de um período de fortes perdas que levou a uma queda no volume de capital disponível. É o que afirma a corretora Aon em um novo relatório.
De acordo com a empresa, o mercado ressegurador dispunha, ao final de 2018, de uma capacidade de US$ 585 bilhões. Contudo, o número foi 3% menor do que em 2017. Isso quando havia US$ 605 bilhões de capacidade.
A queda ocorreu principalmente no chamado capital tradicional de resseguros, que fechou o ano em US$ 488 bilhões após uma redução de 5,4%.
Ainda assim, a Aon estima que há capital suficiente no mercado para suprir a demanda por resseguro nas próximas renovações.
Desde 2011, o volume de capital alocado para o mercado de resseguro aumentou 30%, calcula a empresa.
Alternativo
Por outro lado, o capital alternativo aumentou em 9% para chegar a US$ 97 bilhões. É maior número já registrado.
Porém, a Aon nota que este capital inclui montantes que servem de acessório para grandes perdas catastróficas sofridas por veículos de resseguro alternativos em 2017 e 2018.
Ainda assim, como investidores obtiveram bons retornos com instrumentos alternativos de transferência de riscos nos últimos anos, como os chamados cat bonds, a expectativa é que capital continue fluindo para o setor.
A Aon estima que, nos dois últimos anos, o mercado ressegurador teve que absorver US$ 240 bilhões em perdas decorrentes de eventos como os furacões. Como o Harvey, Irma e Maria em 2017 e os grandes incêndios florestais que vem atingindo a Costa Oeste americana.
No entanto, poderia ter sido pior. A Aon observa que os altos níveis de retenção dos seguradores primários, seguindo estratégias de gestão de capital em anos recentes, limitaram o impacto das catástrofes no resseguro.
Menos desastres
Após atingir 106,6% em 2017, o índice combinado do resseguro global bateu em 99,7% no ano passado. Assim como o primeiro trimestre de 2019 também criou um ambiente mais favorável para o setor.
As perdas cobertas por resseguro nos primeiro três meses do ano se limitaram a US$ 7,1 bilhões, um valor 47% mais baixo do que a média dos 15 anos anteriores.
As maiores perdas ocorreram nos Estados Unidos, com cinco dos dez maiores eventos registrados no país.
A catástrofe natural individual mais custosa do trimestre, entretanto, foi a tormenta Eberhard, que atingiu a Alemanha, França, Bélgica, República Checa e Holanda, deixando perdas superiores a US$ 1,1 bilhão.
Clique aqui para baixar o relatório em inglês.
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