Brasil está entre 5 maiores fontes de ataques cibernéticos
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- Rodrigo Amaral
- 9 de novembro de 2017
- Sem categoria
Levantamento da Threatmetrix aponta país como pólo de fraudes com criação de contas falsas; EUA, Reino Unido, França e Alemanha completam o grupo
Depois da soja, da pecuária e dos craques da bola, o Brasil agora está se tornando um dos maiores exportadores mundiais de ataques cibernéticos.
É o que indica o mais recente relatório de segurança cibernética divulgado pela Threatmetrix. A empresa é especializada no combate e prevenção das ameaças virtuais.
De acordo com a empresa, no terceiro trimestre de 2017, o Brasil se consolidou como um dos cinco maiores países em termos da origem dos ataques cibernéticos sofridos pelas organizações em todo o mundo.
Ao menos o país está em uma companhia respeitável. Já que os outros campeões na produção de pilantras da internet são grandes potências econômicas. São eles: Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha.
Outra conclusão do estudo é que o volume de ataques cibernéticos em todo o mundo está aumentando. E em um ritmo acelerado. A Threatmetrix afirma ter parado 171 milhões de ataques contra seus clientes entre julho e setembro. Isso representa um aumento de 100% com relação ao mesmo período de 2015.
Da mesma forma, o aumento parece estar correlacionado com grandes vazamentos de dados sofridos por empresas nos últimos meses, de acordo com a companhia.
Portanto não é nenhuma surpresa que outro estudo, elaborado pelo Instituto Ponemon, um think tank especializado, e pela consultoria Accenture tenha observado um forte incremento nos gastos em segurança cibernética por parte das grandes empresas.
Especialidade
De acordo com a Threatmetrix, a grande especialidade dos ataques originados no Brasil é a criação de contas de usuários falsas. Igualmente elas são utilizadas para cometer fraudes.
A América do Sul é responsável por 43% de todos os ataques através da criação de falsas contas de usuários. Dessa forma, é maior proporção do mundo.
Os principais alvos dos ataques brasileiros são empresas sediadas nos Estados Unidos, Argentina, Reino Unido e Colômbia. Além, é claro, do próprio Brasil.
Contudo, empresas de mídia são as mais visadas. Assim, o volume de ataques originados na região cresceu 68% desde o terceiro trimestre de 2015.
Porém, o Brasil não é o único país emergente que está ganhando espaço neste segmento do submundo. Da mesma maneira, China, Índia e Vietnã também se encontram entre os dez maiores produtores mundiais. O grupo é completado pela Itália e a Espanha.
Segundo a Threatmetrix, o crescimento dos ataques está relacionado também ao forte aumento das transações realizadas por meio de telefones celulares. Afinal, pela primeira vez a empresa registrou mais operações feitas por telefone celular do que por computadores em um trimestre.
Os ataques mais comuns visam os dados de usuário e senhas de acesso a sites e apps. A situação representa 83% do total. O número é seguido dos pagamentos eletrônicos, com 14%. A criação de contas falsas representa 3% de todos os ataques observados pela Threatmetrix.
Custos
Em contrapartida, com os ataques cibernéticos em alta, as empresas também estão gastando cada vez mais dinheiro em medidas de segurança para tentar evitá-los.
Segundo o levantamento do Instituto Ponemon e da Accenture, as grandes empresas globais estão gastando 23% mais em 2017 do que no ano passado em cibersegurança.
Isso equivale a US$ 11,7 milhões por ano, em média, entre as empresas pesquisadas.
Apesar do aumento do investimento em segurança, as perdas também não param de crescer.
Entre as 254 empresas pesquisadas, estima-se que o número de ataques bem-sucedidos chegou a 130 por ano. Isso contra 122 na pesquisa do ano passado.
As tecnologias de segurança mais utilizadas são os sistemas de inteligência sobre segurança cibernética, empregada por 67% das empresas pesquisadas, e as técnicas avançadas de identificação e acesso aos sistemas de informática, com 63%.
Clique aqui para ler o relatório da Threatmetrix, e aqui, o do Instituto Ponemon e Accenture, ambos em inglês.
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