Aumento de interesse atrai novos atores ao seguro de crédito
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- Oscar Röcker Netto
- 17 de junho de 2015
- Sem categoria
Seguradoras e corretoras reportam forte crescimento no volume de consultas, mas segmento segue de tamanho modesto no Brasil
Com a inadimplência correndo solta no mercado e crédito mais caro nos bancos, muita gente corre atrás de se prevenir por meio de seguro. É aí que o ramo de crédito cresce quando há crise. No primeiro quadrimestre deste ano houve aumento de 90% nos prêmios emitidos.
As consultas estão aceleradas. A Euler Hermes recebeu até maio deste ano cerca de 400. No ano passado inteiro, foram 864. Na Coface, as consultas cresceram 40%.
De acordo com Luciano Mendonça, diretor comercial, de subscrição e marketing da seguradora Euler Hermes, a seguradora não está recusando contratação de seguros em nenhum setor, mas está mais seletiva nas análises. Ele diz que a proporção de recusas de contratos não mudou, continua no patamar de 20%, por serem riscos ruins de cobrir ou então que não se enquadram no crédito, que é a especialidade da companhia (segunda maior neste ramo no Brasil).
Embora a chegada de novos potenciais clientes seja bem-vinda, a empresa precisa ter cuidados em momentos como o atual: aumentar sua carteira de clientes ao mesmo tempo em que é preciso mantê-la financeiramente segura e equilibrada, afirma Mendonça.
Na Marsh, as consultas este ano somam entre 30 e 40 por mês; em 2014 eram de 25 a 30.
O esforço de atrair novos clientes pode valer a pena. De acordo com Eduardo Burmann, da Aon Brasil, a taxa de renovação no seguro de crédito beira os 95%, mesmo que eventualmente o cliente troque de seguradora ou de corretora.
Além disso, o mercado brasileiro neste ramo é ainda modesto. Estima-se que havia em 2014 cerca de 700 apólices de seguro de crédito no país inteiro, concentradas em grandes multinacionais. Os prêmios chegaram a R$ 220 milhões, com expectativa de R$ 250 milhões para este ano.
“Acredito que no Brasil ainda é uma questão cultural, as empresas fazem outros tipos de seguro mas não entram no de crédito”, afirma Kiyoshi Watari, da Marsh.
Tamanho mercado a ser explorado não fica fora do radar das empresas estrangeiras. Atualmente são nove empresas que operam neste ramo no país. No ano passado a Swiss Re começou a trabalhar com seguro de crédito por aqui. Este ano foi a vez da Ace, que deve ser acompanhada de XL, QBE e Liberty.
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