América Latina deve continuar atraindo investimento de resseguradoras
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- Rodrigo Amaral
- 9 de setembro de 2015
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Possibilidade de crescimento e de lucros na região chama a atenção de grupos globais que tentam diversificar seu negócio, afirma AM Best.
Segundo a agência de ratings AM Best, a América Latina deve continuar atraindo investimentos de resseguradoras globais, apesar do mercado brando e das dificuldades econômicas que hoje atingem a região.
Em seu relatório sobre a indústria do resseguro global, a agência firma que o potencial de crescimento e de obtenção de lucros nos mercados latino-americanos oferecem ao setor oportunidades para diversificar seus negócios e buscar novas fontes de negócios.
Como a taxa de penetração da indústria de seguros na América Latina continua muito baixa, a meros 3% do PIB, a margem de expansão de negócios é “interessante” e “atrai os olhos das resseguradoras globais”, afirma o estudo.
“Em termos gerais, os mercados de seguro [dos países] da região cresceram ao menos duas vezes mais rápido que suas economias nos últimos dois anos”, afirma a AM Best.
Regulamentação
A AM Best observa que vários grupos globais estão realizando aquisições na América Latina em uma tentativa de diversificar suas operações.
Embora o aumento da competição e as tendências do setor a nível internacional estejam mantendo os preços achatados, a agência acredita que a demanda por resseguro pode aumentar devido a fatores como a implementação de regimes de solvência mais rígidos em vários mercados.
A AM Best lembra, por exemplo, que Brasil e México, os dois maiores mercados de resseguro da América Latina, estão entre os primeiros países a adotar regimes de capital equivalentes à norma Solvência II, que vai vigorar na União Europeia a partir do ano que vem.
A introdução de normas mais severas de solvência pode levar seguradoras a buscar formas mais eficientes de gerir seu capital, e uma delas é utilizar o mercado de resseguros de forma mais sofisticada.
As novas regras de solvência também devem originar movimentos de fusão e aquisição entre atores de médio e pequeno porte, criando nova demanda por ressseguro por parte das empresas resultantes, que terão maior escala e necessidade de liberar seu capital.
A AM Best espera que os preços de resseguro sofram uma correção para cima na região como resultado da seca no Brasil e na América Central e do impacto do furacão Odile no México.
Por outro lado, a agência também observa que os níveis de retenção de prêmios entre as seguradoras da região mostrou um aumento nos últimos anos, como resultado de uma combinação de lucros em alta e políticas de dividendos conservadoras implantadas pelas empresas do setor.
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